A Ford celebrou nesta segunda-feira os 100 anos da primeira linha de montagem de veículos em série, invenção de Henry Ford que provocou uma profunda revolução nos meios de produção. A nova técnica simplificou a montagem dos 3.000 componentes do Ford T, distribuindo-a em 84 etapas executadas por grupos de trabalhadores, enquanto uma correia puxava o chassi dos veículos ao longo da linha.
Com isso, o tempo de montagem de cada veículo caiu de 12 horas para apenas 90 minutos, enquanto o preço final do modelo foi de US$ 850 para US$ 300 – algo fundamental para que o carro atingisse as massas. Em 1927, foram vendidos 15 milhões de Ford T em todo o mundo – metade de todos os automóveis somados na época. Seis anos antes, a Ford estreava sua primeira linha de montagem brasileira, no bairro paulistano do Bom Retiro.
De lá para cá, a Ford expandiu sua estrutura industrial mundo afora e, hoje, fabrica cerca de 16 veículos por minuto – o ano de 2013 deve encerrar com 6 milhões de unidades. Nos próximos dois anos, serão inauguradas 14 fábricas, incluindo uma só de motores em Camaçari (BA), já em 2014, e outras na China, Rússia, Índia, Tailândia e Romênia. Até 2017, a meta é produzir quatro modelos diferentes em cada uma de suas plantas.
O tempo não para, e outras tecnologias estão sendo desenvolvidas para aprimorar o processo produtivo. Uma delas é a F3T (Ford Freeform Fabrication Technology), sistema para moldar peças de metal de baixo volume com rapidez, que promete reduzir os custos e o tempo de produção de peças estampadas para protótipos de dois a seis meses para três dias úteis. Outra é o uso da robótica no controle de qualidade do produto, verificando imperfeições na superfície da pintura dos veículos.