Carlos Cereijo
No início de 2009, o engenheiro Geraldo Campesi foi convidado a expor um de seus modelos antigos em um shopping da cidade. Ao chegar lá, encontrou um amigo que estava exibindo um Ford Coupé 1938. “A paixão bateu assim que coloquei os olhos no carro”, lembra o colecionador, que acabou comprando o modelo.
Depois que dono anterior disse que o Coupé estava à venda, foram dois dias de conversas, propostas e contrapropostas, até que Campesi recebeu uma ligação do amigo. “Ele disse que eu poderia fazer o cheque e buscar o Ford imediatamente.” O engenheiro conta que o carro já havia recebido diversas atualizações. A carroceria estava em ordem e a mecânica, com vários componentes da Chevrolet.
O motor é o seis-cilindros 4.1 do Opala 250-S, que gera cerca de 150 cv. “Fiz apenas uma revisão para ter certeza de que tudo estava funcionando bem.” O câmbio, de Chevette, foi trocado por outro também de quatro marchas, mas da perua Caravan Comodoro, que tem relações mais longas. Já o diferencial veio do Ford Galaxie. Do Diplomata veio a suspensão, que foi rebaixada e recalibrada para dar maior estabilidade ao carro. “No interior, foi preciso refazer a tapeçaria e substituir todos os instrumentos por outros mais modernos.”
De acordo com Campesi, o Coupé 1938 tem rodar macio, é confiável e agradável de guiar. “O antigo dono já havia instalado direção hidráulica e freios a disco”, revela o engenheiro, que costuma guiar o Ford em passeios em serras e participar de encontros de antigos, onde, segundo ele, o carro faz muito sucesso. O colecionador diz que não tem planos de vender o Ford. “Agora só quero acertar mais alguns detalhes e curtir o carro.”