No início dos anos 80, a linha da Ford brasileira estava precisando de um sopro de modernidade. Foi quando, em 1983, a marca lançou aqui o Escort, um de seus modelos mais bem sucedidos. O hatch era consideravelmente mais moderno que o Corcel, já em fim de vida, e impulsionou as vendas da marca.
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O Escort chegou ao País em sua terceira geração. O modelo surgiu com soluções avançadas para a época, como suspensão traseira independente e bom aproveitamento do espaço interno. Inicialmente, o hatch era oferecido com carroceria de duas portas, motores 1.3 e 1.6 a etanol ou gasolina.
Em 1985, chegava às concessionárias Ford o XR3, que logo se tornou objeto de desejo do consumidor e virou um dos mais cultuados entre os “clássicos modernos.” Embora tivesse menos de 90 cv, extraídos do 1.6 CHT, o esportivo cativa até hoje. Logo depois veio o XR3 conversível, feito em parceria com a Karmann-Ghia.
Dois anos depois, o Escort recebeu a primeira reestilização, ainda sobre a primeira geração nacional. O modelo ganhou equipamentos e contornos mais arredondados em para-choques e lanternas.
Mas foi em 1989, com a criação da Autolatina, união entre Ford e Volkswagen, que ocorreram mudanças mais profundas. As versões de topo ganharam o famoso motor VW AP 1.8, mais potente, de 90 cv e, finalmente, o Escort passava a oferecer desempenho coerente com a sua proposta, especialmente o XR3, cujo motor tinha 99 cv.
Maior e mais moderna, a segunda geração foi lançada em 1993. O XR3 manteve a opção conversível e passou a utilizar o mesmo motor 2.0 com injeção eletrônica do VW Gol GTi.
O Escort antigo foi mantido em linha como opção de entrada do hatch e recebeu o sobrenome Hobby. Em 1994, essa opção ganhou motor 1.0, para disputar mercado com os primeiros “populares” nacionais.
A segunda geração nunca foi oferecida com quatro portas por aqui. A primeira teve essa opção na luxuosa – e muito rara – versão Guarujá.
Apenas três anos depois, o Escort recebeu nova e profunda reestilização. O hatch ganhou mais equipamentos e a versão Hobby saiu de cena para abrir espaço para o Fiesta.
Reta final do Escort
Outras novidades foram o ótimo motor 1.8 Zetec de 115 cv e a versão perua, que passou a ser feita no Brasil – a linha chegou a ter opção sedã. Ao mesmo tempo, o esportivo XR3 deixou de ser produzido.
O Escort foi fabricado no Brasil até 2003 e chegou a conviver com seu sucessor, o Focus, cuja linha foi lançada em 2001.