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Galaxie 1969 é parceiro de leitor há 45 anos
Carro do leitor

Galaxie 1969 é parceiro de leitor há 45 anos

Com 65 mil km rodados, sedã Ford está na vida de engenheiro desde que saiu, novo, da concessionária

25 de jan, 2014 · 4 minutos de leitura.

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 Galaxie 1969 é parceiro de leitor há 45 anos

A história de vida do engenheiro mecânico Paschoal Paione está ligada à Ford. Ele curte a marca desde criança, aprendeu a guiar em um Ford 1951, é fã de Henry Ford, trabalhou na antiga Ford Willys e participou da linha de montagem do Corcel. Mas a maior prova de tanta adoração é o Galaxie que ele mantém com esmero há 45 anos.

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O sedã foi comprado novo em 6 de janeiro de 1969 pelo pai de Paione, por NCr$ 26.300. Segundo o engenheiro, que assumiu o sedã em 1982, esse valor corresponde atualmente a cerca de R$ 182.500.

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Com apenas 65 mil km rodados, o Ford conserva o som Philco de fábrica e o estepe intacto. Não foi difícil conquistar o certificado de originalidade do Clube do Galaxie, que permitiu a expedição de placa preta e o livrou da inspeção veicular.

O carro fica guardado na faculdade em que Paione trabalha como diretor. “Eu mesmo o lavo. Minha esposa e filhos não o dirigem, pois o acham grande demais”, conta.

Paione dá partida no Ford às terças e quintas-feiras e, aos domingos, leva-o à Avenida Paulista ou ao Aeroporto de Guarulhos, “para o óleo circular”. Uma caixa com peças sobressalentes, como platinado, correia e bomba de gasolina, está sempre à mão para eventualidades.


O engenheiro elogia o motor 4.5 V8, de 164 cv, que descreve como silencioso e de respostas vigorosas. Porém, reconhece as limitações do Galaxie. “Para os padrões de hoje, ele deveria ter quarta e quinta marchas. Os cintos são apenas subabdominais e a direção hidráulica, por não ser progressiva, está sempre mole. Então é até perigoso você descer a serra embalado.”

Paione diz que, em um passeio ao aeroporto, teve de se livrar de bandidos que estavam de olho no carro. “Eles emparelharam e me fecharam. Comecei a correr, fiz o retorno cantando pneu, acelerei até 170 km/h e eles ficaram para trás”, diz.

Mas esse foi um episódio isolado em uma trajetória de momentos felizes, que Paione tenta eternizar. Quando a neta, Heloísa, entrou no porta-malas, ele tratou de registrar a cena. “Ela vai crescer e ver a foto.”


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