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Gol Copa 82 faz alegria de três gerações
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Gol Copa 82 faz alegria de três gerações

Ricardo adquiriu VW Gol Copa em 1986 e mais tarde deu o carro ao filho; próximo dono será seu neto

07 de jun, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Gol Copa 82 faz alegria de três gerações
A partir da esquerda, Ricardo, Eduardo e Vinicius

Não há conquista maior para uma seleção que ganhar um Mundial de futebol. Para a família Russo, o Gol Copa das fotos desta reportagem – um entre os 3 mil da série especial criada pela Volkswagen para o campeonato de 1982 – é um troféu que tem o mesmo sabor de vitória.

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“Era o Gol que todos queriam, uma versão diferenciada”, diz o empresário Eduardo. “Já vinha com conta-giros, faróis de milha e rodas de liga leve. A gente via o carro na rua e sonhava com ele. Meu pai dizia ‘um dia ainda vou comprar um desses’”, afirma.


Quatro anos depois, o patriarca da família, Ricardo, finalmente adquiriu um exemplar do sonhado hatch. “O carro foi comprado com muito sacrifício”, lembra Eduardo, que tinha 11 anos na época. “Tínhamos apenas um Fusca, que era usado pela minha mãe.”

Entre 1986 e 1990, o Golzinho acompanhou os Russo em suas idas ao shopping e em viagens. Depois, ficou três anos guardado, até Eduardo tirar a habilitação. “Quando fiz 18 anos, recebi o carro de presente, com um laço de fita e tudo”, orgulha-se.


O Gol levou o empresário e sua namorada para passear, fez com eles a viagem de lua de mel e buscou os filhos do casal na maternidade. “Usei com critério e o mantive com todo o cuidado, pois sei o quanto meu pai lutou para comprá-lo”, diz.

O VW rodou 117 mil km e está todo original. Da pintura ao acabamento, passando pelo estepe, o que facilitou a obtenção da placa preta. “Só troquei a forração dos bancos, que estava muito gasta após anos de uso. Mas acabei me arrependendo dessa alteração”, conta Eduardo.


O motor boxer 1.6, refrigerado a ar, tem dupla carburação e é fácil de manter e reparar. “Uma vez, o cabo do acelerador quebrou, puxei o afogador e consegui levar o carro para casa”, conta Eduardo. “Por outro lado, detalhes de acabamento, como frisos, adesivos e a bola de futebol da alavanca de câmbio, não se encontram mais.”

Por ora, o Gol Copa vive um novo período de hibernação, até que o filho de Eduardo, Vinícius, de 10 anos, possa guiá-lo.


“Ligo o motor uma vez por semana, para não estragar a bateria. Só o levo a eventos de antigos se for para ele ficar exposto”, diz Eduardo, que garante que o excesso de zelo vem de família. “Meu pai é pior que eu. Os carros dele são impecáveis.”


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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.