Péricles Malheiros, Especial para o Estado

19/06/2020 - 7 minutos de leitura.

Ar-condicionado: a história do item de conforto mais desejado nos carros

Do acionamento que obrigava o motorista a descer do carro ao sistema anti Covid-19, o equipamento continua em evolução

Com a onda de calor, veja algumas dicas de como cuidar do seu ar-condicionado Crédito: Pixbay/divulgação

Vai comprar um 0km? Nós te ajudamos a escolher.

Antes dos anos 1.900, os automóveis eram completamente abertos. Então, os primeiros motoristas logo começaram a reclamar da poeira e do vento excessivos. E foi assim que nasceu o conceito de cabine, com para-brisa e janelas laterais; a traseira e o teto já eram cobertos em alguns poucos modelos. Problema resolvido, problema criado: especialmente em dias quentes, era praticamente impossível passar algumas horas dentro de um carro.

Simultaneamente, as grandes indústrias gráficas dos Estados Unidos começavam a adquirir os primeiros aparelhos de ar-condicionado do norte-americano Willis Carrier. Mas, neste caso, não havia qualquer relação com o conforto dos empregados. Acontece que o papel tem a higroscopicidade (capacidade de absorver água) como uma de suas características. Isso comprometia o resultado final de materiais cujas diferentes cores eram impressas em dias distintos, portanto, com umidade relativa do ar também distintas.


Leia Mais


Continua depois do anúncio

1940 Packard Custom Super Eight One-Eighty & 1941 Packard One-Eighty” by Crown Star Images is licensed under CC BY 2.0

Carro e ar-condicionado: o começo

Apesar de terem sido criados na mesma época e de transformarem a vida de muita gente, o ar-condicionado e o automóvel só foram se casar muito tempo depois, no final de 1939. Dessa união veio o Packard 180 (One-Eighty), vendido como sendo o primeiro da história com ar-condicionado de fábrica. A frase “Refrescado por refrigeração mecânica no verão”, obviamente, tinha destaque na propaganda.

Era um conjunto gigantesco, com um enorme compressor e uma colmeia condensadora na dianteira, no cofre do motor. No porta-malas, uma central térmica, com um aquecedor, um ventilador e um conjunto de bobinas resfriadoras. Tubulações no assoalho faziam a comunicação entre dianteira e traseira e entre a traseira e o painel do carro.

Muito rudimentar, o sistema do One-Eighty funcionava melhor na teoria do que na prática. A impossibilidade de controlar o fluxo de ar era o seu maior problema. Isso levava alguns proprietários a desligarem o motor, descer e soltar a correia do compressor manualmente nos dias em que o calor pedia uma refrigeração apenas moderada. Assim, as vendas logo caíram e já em 1942, o equipamento deixou de ser oferecido.


Onze anos mais tarde, também nos Estados Unidos, a Chrysler apresentava o Airtemp. Era um kit de ar-condicionado muito parecido, com o do One-Eighty, mas que apostava suas fichas nas fraquezas do rival. O Imperial, modelo da Chrysler equipado com o Airtemp, tinha um botão no painel que controlava a velocidade do ventilador em três níveis: baixo, médio e alto. Amenizava o problema, mas não o eliminava, já que não atuava no compressor.

PIXABAY

Evolução do sistema nos carros

Coube ao Nash Ambassador 1954 a honra de ser o primeiro modelo a contar com um conjunto de ar-condicionado inteligente – e conceitualmente muito próximo dos modelos utilizados ainda hoje. Compacto, o sistema era todo montado na dianteira e contava com um compressor dotado de embreagem elétrica e comandos no painel que ajustavam não apenas a intensidade do ar insuflado na cabine pelo ventilador como o liga e desliga do compressor.


Este sistema foi criado para se enquadrar ao slogan do fundador da empresa, Charles Nash, que dizia: “Entregue ao cliente mais do que ele pagou”. E, de fato, o sistema All-Weather Eye (algo como De Olho em Todos os Climas) proporcionava uma experiência de uso muito mais agradável do que aqueles oferecidos pela concorrência, de baixa eficiência, pesados, grandes e caros. Tanto que foi o All-Weather Eye que definiu o novo padrão do equipamento desde então, tornando-se o verdadeiro responsável pela popularização do ar-condicionado automotivo.

Ar-condicionado: o presente e o futuro do sistema

No Brasil, o primeiro carro com ar-condicionado foi um Aero-Willys Itamarty Executivo. O modelo, destinado a transportar autoridades políticas, celebridades e membros da alta classe foi também a primeira limusine nacional.

Dentre as funcionalidades que foram sendo incorporadas ao longo do tempo, destaca-se o ajuste automático de temperatura, que pode ser feito (escalonado a cada 0,5 ºC ou 1 ºC) por meio de um ou mais sensores (de massa corpórea, temperatura e de ângulo de incidência da luz solar) e de maneira conjunta ou em múltiplas zonas.


A evolução mais recente ocorreu em função da pandemia da Covid-19. Em março, a marca chinesa Geely apresentou o seu SUV médio Icon, com o apelo de ser, segundo a fábrica, o primeiro modelo capaz de barrar a entrada do novo coronavírus. A proteção ocorre por conta da adoção de um filtro de cabine que atende ao protocolo N95, o mesmo aplicado nas máscaras utilizadas por profissionais da saúde.

PIXABAY

Notícias relacionadas

História

Lançado há 35 anos, Kadett ainda é popular no Brasil; relembre a história

Notícias

Motor Fiat Fire sairá de linha no Brasil após quase 40 anos no mercado

História

BMW X5 completa 25 anos como principal SUV da marca bávara

História

Fiat Uno Turbo celebra 30 anos como um ícone de carro esportivo

OFERTAS 0KM
Consulte condições.

Mitsubishi Eclipse Cross RUSH

Consulte condições.

Mitsubishi L200 Triton Sport Outdoor GLS

Bônus de até R$ 9 mil na troca do seu usado ou taxas a partir de 0% a.m.

Hyundai Creta New Generation Platinum Safety com teto solar

Entrada + 48x de R$ 999 + Parcela final com recompra garantida

Hyundai Creta Action

De R$ 149.990 Por: R$ 139.990

Hyundai Creta New Generation Limited Safety

CRETA Action AT - PcD De R$ 119.990 por R$ 98.823

Hyundai Creta Action PCD

VER TODAS AS OFERTAS