Em 2009, o primeiro ministro russo, Vladimir Putin, comprou este Niva (Foto: Alexei Nikolsky/AP)

Nícolas Borges

Em 20 de julho de 1966, ficava pronto o primeiro Lada. Feito para ser o carro do povo russo, o 2101 era baseado no Fiat 124. Ele foi chamado também de Riva e Laika.

A montadora, na verdade, se chamava VAZ (Lada foi o nome criado para os mercados externos), que era a sigla, em russo, para fábrica de automóveis do Volga, por estar às margens desse rio. Além de licenciar o carro, a Fiat (bem como o governo italiano) colaborou ativamente na construção da fábrica, ainda hoje uma das maiores do mundo.

Laika, que veio ao Brasil em 1991, era atualização do primeiro Lada (Foto: Juvenal Pereira/AE)

São 140 km de linhas de montagem, pois praticamente todas as peças dos carros tinham de ser feitas no local.

Há outro sinal da forte presença italiana. A cidade-sede da VAZ, Stavropol, foi rebatizada de Togliatti. Homenagem ao líder do Partido Comunista Italiano, Palmiro Togliatti, que atuou no projeto, mas morreu em 1964, antes da inauguração da fábrica.

Raro por aqui, sedã Samara continua sendo produzido na Rússia (Foto: Arquivo/AE)

No Brasil, a marca vendeu 28.109 carros de 1991 a 1998. A maioria das unidades era do Laika, que continua em linha até hoje, após mais de 15 milhões de exemplares. Bem como os outros modelos vendidos aqui, o Samara e o Niva (que tem até versão quatro portas).

A empresa já passou por vários apuros econômicos. Durante o último, em 2008, a Renault comprou 25% da AutoVAZ, seu nome atual. A parceria resultou na perua Largus, versão da Dacia Logan MPV.

Recém-lançado, Granta mostra que beleza ainda não é o forte da marca (Foto: Ivan Sekretarev/AP)