“O tempo é cruel” é uma frase genérica que se tornou um ditado popular. Se serve para pessoas, também serve para explicar de maneira simples o fim de algumas marcas de automóveis que fizeram sucesso, criaram veículos icônicos, mas que não resistiram aos problemas ou mudanças e acabaram “saindo da vida para entrar na história”, como disse Getúlio Vargas.
SAAB – Fundada em 1945, a marca Sueca era a segunda mais famosa, atrás apenas da Volvo. Em 1989, a General Motors adquiriu US$ 600 milhões em ações da empresa e em 2000 se tornou a proprietária da marca. Em 2009, no meio da crise que quase levou a falência da GM, a Saab foi uma das empresas que foi descontinuada e sumiu.
DUESENBERG – Popularmente chamada de “Duesy”, a marca que fabricava automóveis de luxo existiu entre 1913 e 1937. Até hoje, os carros que restaram em coleções são conhecidos pela opulência que exibem. O Calcanhar de Aquiles da companhia foi que ela surgiu, se ergueu e chegou a seu ápice no pior momento dos Estados Unidos, o período da Grande Depressão, em 1929. Com isso, a Duesenberg não resistiu e ficou para a história.
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PLYMOUTH – Em uma básica comparação, a marca estava para a Chrysler, como a Dacia está para a Renault. Seus produtos tinham a missão de serem mais baratos que os da companhia-mãe. O ápice da marca foram os anos 60, quando criou clássicos esportivos como o Road Runner e o Barracuda. Existiu entre 1928 e 2001, quando saiu de linha com o Neon, um sedã compacto, – depois rebatizado como Chrysler Neon. Seu último sucesso em design foi o Prowler, mas não em vendas.
MERCURY – Parte do grupo Ford, a Mercury sofria por ser a “filha do meio”. Acima da Ford, mas abaixo da Lincoln, era uma marca de luxo intermediária. Papel semelhante ao que desempenha a Audi dentro do Grupo Volkswagen, onde está acima de Skoda e VW, mas abaixo de Bentley, por exemplo. E na época, papel equivalente ao da Buick entre a Chevrolet e a Cadillac. A marca basicamente usava mecânica e acabamentos Ford e Lincoln em seus produtos. Com a crise de 2009, teve o mesmo fim de Saab, sendo descontinuada em 2011.
MAYBACH – Fundada em 1909, a Maybach foi criada por um ex-diretor técnico da Daimler. A companhia começou produzindo motores e só após a Primeira Guerra Mundial começou a fabricar carros, em 1919. Na década de 60, foi adquirida pela Daimler, agora controladora da Mercedes-Benz, mas ficou inativa.
No final da década de 1990, surgiram os primeiros carros com a marca Maybach como uma sub-marca de luxo da Mercedes-Benz, usando como base o Classe S. A prposta era rivalizar com a Rolls-Royce, por exemplo. Em 2012, devido as baixas vendas, a marca foi descontinuada. Hoje, o nome Maybach é uma versão que pode ser personalizada do Classe S.
PONTIAC – Criada em 1926 como parte do grupo General Motors, a partir da década de 1960, foi posicionada como a divisão de desempenho da companhia. Seus carros mais icônicos são esportivos, como o Firebird, o Grand Am e o GTO. A marca também teve seus momentos ruins, como o Aztek, um SUV considerado o mais feio do mundo. Tal qual a Mercury, teve seu fim decretado com a crise de 2009, onde já fazia, basicamente carros GM com logo diferente. Morreu em 2010.