Belisa Frangione
O brilho no olhar do aposentado José da Costa Neto ao falar de seu Ford Mercury Cougar XR7 1971 é percebido de longe. Em 1996, ele visitava a oficina de um amigo colecionador de carros americanos quando reparou que havia um modelo coberto. “Ao perguntar qual era, ele respondeu que se tratava do Mercury Cougar, e que o Ford estava parado há um bom tempo ali. E complementou dizendo que a antiga dona jamais o venderia”, relembra.
Naquele dia, Costa estava acompanhado de um dos seus filhos, Adriano, então adolescente. O garoto insistiu para que o pai tentasse comprar o carro. “Por causa disso, meu amigo conversou com a proprietária. Fechamos negócio seis meses depois.”
Como o cupê estava parado e coberto, seu estado geral era ótimo e Costa afirma que não precisou reformá-lo. Em 2001,o aposentado resolveu repintar o Cougar para eliminar alguns riscos na lataria.
O painel, que imita madeira, e os bancos de couro sintético não exigem cuidados especiais. Mas Costa não sossega. “Pretendo repintá-lo novamente e trocar a cobertura da capota, que é feita de vinil.”
O aposentado, que é o terceiro proprietário do Ford, guarda com cuidado a nota de importação do carro, que veio do porto de Nova York, nos EUA, em novembro de 1970. Desde então, o Cougar rodou pouco mais de 96 mil quilômetros.
“Beberrão”, o carro faz apenas 5 km/l na cidade, segundo dados do manual. O motor é um 5.8 V8 de 253 cv e o câmbio, automático de três marchas.