Nícolas Borges
Quando o consultor de negócios Carlos Reinhardt começou a procurar um Mini da série original para comprar, seu filho Caio tinha apenas seis anos. Hoje, aos 16, o garoto divide com o pai a paixão por automóveis ingleses.
Mais especialmente por este Mini 1275GT 1973. “Eu o encontrei em 2004, depois de uns quatro anos de busca”, diz Reinhardt. “Tem muitos carros ruins ou com problemas de documentação por aí.”
A perseverança acabou sendo recompensada. O Mini desta página já tinha a pintura grafite e estava bem tratado. Carlos não precisou fazer muita coisa e pôde se dedicar a deixar o carro ainda mais fiel ao seu tempo.
“Instalei um teto solar, de lona, que era muito comum na época”, afirma o consultor.
Outras adições importantes foram o rádio alemão Becker e as rodas de liga leve, compradas na Inglaterra, onde outro filho de Carlos mora. “Com meu irmão lá, fica mais fácil conseguir peças para o veículo”, diz Caio.
Característica marcante no Mini original, os aros das rodas são de apenas 10 polegadas. O tamanho reduzido foi importante para o designer Alec Issigonis, que ganhou o título de “Sir” por ter criado um automóvel revolucionário.
As rodas ajudam a não roubar espaço interno. Somando isso ao inovador motor transversal, o Mini leva quatro pessoas, mesmo com só 3,05 metros de comprimento (um Fiat Mille tem 3,69 metros). Fato confirmado por este repórter, de 1,78 metro, que andou no banco de trás.
Colocadas nos cantos do carro, as rodas ainda colaboram com a incrível maneabilidade. “É como um kart”, diz Reinhardt. A desvantagem do tamanho diminuto dos componentes é que cada buraco das ruas vira uma cratera.
Com o fim da produção do Cooper S, em 1971, o 1275GT se tornou o único esportivo da linha Mini. A aceleração de 0 a 100 km/h leva cerca de 13 segundos. O motor é de 1.275 cm3, com 75 cv.