Museus automotivos são raros no Brasil

Pouco mais de uma semana atrás, o Museu Nacional, o mais antigo do Brasil, pegou fogo e foi completamente destruído, no Rio de Janeiro. Uma perda para o País e o mundo, já que nada lá poderá ser recriado ou recuperado.

Para quem gosta de carros e motos alguns museus (poucos) permitem reviver um pouco da história das quatro e duas rodas no País. E nos últimos anos, alguns dos mais icônicos e importantes, infelizmente fecharam as portas no Brasil.

Começando pela parte boa, falaremos de onde você ainda pode ver uma boa quantidade de carros e motos em exposição, ainda que a maioria sejam coleções pessoais abertas à visitação, mas não propriamente um museu.

Um museu, propriamente, é o Miau – Museu da Imprensa Automotiva. O espaço é destinado a abrigar, preservar e divulgar a história da imprensa automotiva brasileira. Isso por si só serve para contar a história dos veículos no País.

Lá há vídeos, fotos, press release, revistas e outras publicações sobre a indústria da época. Há materiais em fitas K7 e VHS, entre outros. O acerto foi reunido durante 15 anos e conta ainda com a doação de jornalistas renomados do setor que abriram mão de suas coleções pessoais.

Na região da Grande São Paulo, em Araçariguama, funciona o Box 54. O local, além de trabalhar como uma “marina de carros”, onde donos de carros deixam seus modelos antigos para serem cuidados, há uma exposição.

Atualmente, o espaço de exposição conta com cerca de 64 carros e motos clássicas, entre eles um Ford T 1911. O T é o carro que iniciou a produção em série, como conhecemos hoje. Dependendo do dia, pode ainda dar de cara com algum evento de grupos de automóveis por lá.

Em Tiradentes (MG), há o Museu do Automóvel da Estrada Real. Ele surgiu em 1976 com a coleção de Rodrigo Cerqueira Moura. Hoje conta com cerca de 50 carros, alguns bem raros no Brasil, como o Renault Fragate 1953. Lá também há algumas motos antigas bem raras, como uma

Em Curitiba (PR), há dois pontos para quem quiser viajar pela história. A primeira parada é o Clube de Automóveis e Antiguidades Mecânicas. Lá o acervo tem carros antigos importados, nacionais e de competição. Entre eles, há o fora de série brasileiro Aurora.

A segunda parada é o Museu BMW Motorrad, que tem um acervo de motos da marca criado pelo dono, João Carlos Ignaszewski. São 40 motos espalhadas por 700 m² em dois andares na capital paranaense.

No extremo sul do País, em Gramado (RS), há o Museu Hollywood Dream Cars, que reúne exemplares de luxuosos modelos dos anos 50, como os Cadillac e o Ford Victoria conversível. O espaço é todo tematizado com a época dos carros e é como uma volta no tempo.

As perdas do tempo

Dois dos maiores acervos que o Brasil já teve e considerados verdadeiros museus fecharam as portas nos últimos anos. Um deles, nacionalmente conhecido, era o Museu do Automóvel da Ulbra, uma faculdade do Rio Grande do Sul.

O acervo do local era basicamente feito com o antigo acervo da Chevrolet do Brasil, que doou os carros para a o espaço da universidade. Quando a instituição de ensino entrou em dificuldades, começou a vender os carros a colecionadores, que comprando o que lhes interessava, separaram um dos mais incríveis acervos que o País já teve.

O outro, o Museu Nacional do Automóvel, em Brasília, segue em suspenso. O acervo que tem carros emblemáticos para a história do País, é coordenado por Roberto Nasser, um dos mais profícuos conhecedores da indústria automotiva nacional.

Ele funcionava em um prédio cedido pelo governo federal, que pediu o espaço de volta. Desde então, os carros estão guardados esperando uma oportunidade de voltar a brilhar em algum lugar e contar parte da história do País por meio da sua própria identidade.

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Museu da Motocicleta BMW, em Curitiba

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Museu da Motocicleta BMW, em Curitiba

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Museu da Motocicleta BMW, em Curitiba

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Museu da Imprensa Automotiva

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