BELISA FRANGIONE
O Mustang 1965 das fotos desta página havia acabado de completar 45 anos quando chegou às mãos do colecionador Carlos Guimarães. O Ford conversível veio diretamente dos Estados Unidos e foi comprado por meio de um site de leilões em 2010.
A paixão de Guimarães por carros clássicos é tão antiga quanto os veículos de sua coleção, iniciada por influência do avô e do pai. A quantidade de modelos no acervo ele não revela. “São muitos”, desconversa sorrindo.
Guimarães afirma que o Mustang não precisou de restauração. Estava bem conservado e foi comprado no estado em que se encontrava.
De acordo com o colecionador, o carro rodou apenas 68 mil quilômetros. O motor é um V8 de 282 polegadas cúbicas (equivalente a 4,6 litros). O câmbio é manual de cinco marchas e o velocímetro (na horizontal) tem marcação até 120 mph, cerca de 190 km/h.
O antigomobilista diz que para manter um Mustang como este em bom estado, não basta apenas um mecânico. “É preciso também contar com um marceneiro, por causa do volante de madeira”, brinca. “E de um funileiro que trabalhe com peças de estanho.”
Como a coleção não para de crescer, Guimarães conta que não haveria problema em se desfazer do Ford. “Estou pedindo R$ 130 mil para escutar os desaforos. Mas a gente pode conversar.”