Nícolas Borges
O costume de transportar a noiva no melhor carro possível foi respeitado hoje, dia 29, em Londres, no casamento do século, entre o príncipe William e Kate Middleton. A agora duquesa de Cambridge chegou à Abadia de Westminster em um Rolls-Royce Phantom VI Landaulet 1977, um dos principais veículos da garagem real.
O sedanzão de seis metros e sete lugares foi fabricado especialmente para o jubileu de prata da rainha, quando ela completou 25 anos no trono. Sua carroceria é diferente da do modelo “básico”, por ter teto elevado (para não amassar os chapéus da dona), com janelas, e vidros maiores e reforçados.
E quando Elizabeth II está a bordo, o carro tem o mascote Spirit of Ecstasy trocado por uma estatueta, feita de prata, de São Jorge estocando o dragão. O guerreiro é padroeiro da Inglaterra.
Apesar de a Rolls-Royce não ter revelado dados de potência e torque à época, informando apenas que eram “adequados”, estima-se que o motor V8 de 6,75 litros desenvolva cerca de 220 cv.
Mas para deixar a festa no Palácio de Buckingham, o casal abandonou a pompa e apostou num estilo mais esportivo. O próprio príncipe William saiu dirigindo o Aston Martin DB6 Volante do pai, o príncipe Charles. Do final da década de 1960, o carro foi o primeiro conversível da marca inglesa a receber o sobrenome Volante, usado até hoje.
Além do exemplar que ficou famoso hoje, só mais 139 unidades foram feitas. O motor é de seis cilindros em linha, 4 litros e 286 cv. Um detalhe curioso é a placa traseira que usa o número 5 para imitar uma licença britânica e formar o termo em inglês para “recém-casados”.
Como contraponto, veja abaixo as curiosas viaturas de dois casamentos reais na Ásia:
A Rolls-Royce foi a escolha do príncipe Billah, de Brunei, quando se casou com Sarah Salleh em 2004. Bregamente modificado, o modelo não tem a elegância dos sedãs usados pelos ingleses. A família real de Brunei tem tradição de encomendar personalizações de gosto duvidoso.
Mesmo sem a pompa do carros ingleses, este americaníssimo Lincoln Continental 1963 não fez feio ao transportar os príncipes Hamzeh e Noor, da Jordânia, que também se casaram em 2004, em Amã. O toque bretão foi dado pelos Land Rover Defender dos (bem armados) batedores.