
O economista Delfim Júnior é tão fã do Monza que já teve oito. Sua mais recente aquisição é também a mais rara que passou por suas mãos: um sedã de 1984 transformado em conversível pela Sulam, preparadora paulista que fez sucesso nos anos 80 com suas adaptações do Chevrolet e do Ford Escort.
A paixão do economista pelo Monza surgiu de forma inesperada. “Até 1995, eu só queria saber do Opala. Quando resolvi vender meu último exemplar, acabei trocando por um Monza SL/E pensando que seria mais fácil revendê-lo”, conta. “Mas gostei tanto dele que entrei na linha Monza e não saí mais.”
Desde então, Júnior já teve exemplares das versões SL/E, Classic, S/R e GLS. O conversível, porém, sempre foi uma lacuna em seu currículo, até por ser difícil de achar. “Eu só havia visto um Sulam original à venda no Uruguai, por US$ 15 mil (cerca de R$ 47 mil), mas seria caro e trabalhoso importá-lo.”
A sorte do economista mudou em janeiro de 2016, quando ele finalmente encontrou um conversível ao seu alcance, oferecido por R$ 28 mil. O carro ainda estava com o primeiro dono, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e havia rodado apenas 39 mil km.
“Quando fui ver o Monza pessoalmente, percebi que ele estava até melhor do que eu esperava. Um carro ‘de garagem’, que sempre foi guardado com capa, com óleos e correias em dia”, ele conta. “O único reparo que precisei fazer foi na máquina do vidro elétrico da porta do lado do passageiro.”
Comedido. Júnior prefere rodar pouco com o Chevrolet, para poupá-lo. Às vezes, ele liga o motor 1.8 a álcool sem sair da garagem. “Fico com dó. Eu usava meu Monza S/R com frequência, e ele ficou com a pintura e o tecido dos bancos queimados por causa do sol”, afirma.
Nos dias em que há reunião dos membros do Clube do Monza, porém, Júnior faz questão de tirar o conversível da garagem. Abaixa a capota e aciona o acessório que garimpou para deixar o carro ainda mais no clima anos 80: um toca-fitas Bosch, modelo Rio de Janeiro. “Saio por aí ouvindo meus cassetes daquele tempo”, diz.
O economista fez questão de coroar seu Monza com as placas pretas. A Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) exigiu muitos documentos para comprovar que a transformação em conversível havia sido feita na época. “Tenho até a nota fiscal do serviço, em nome do proprietário anterior, que comprou o carro novo e o enviou à Sulam”, afirma.
Como bom fã, Júnior é só elogios para o Monza. “É um carro macio, silencioso e com uma suspensão que aguenta bem os buracos”, enumera. “A vedação da capota não é perfeita e um pouco de água também entra pelo quebra-vento, mas eu já evito rodar com ele na chuva de qualquer maneira mesmo.”
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam
Chevrolet Monza
Monza 1984 preparado pela Sulam