GUILHERME WALTENBERG
O JEG é um jipe raro e pouco conhecido até por trilheiros experientes. Feito pelas empresas ABC Diesel e Dacunha, o modelo surgiu em 1977 inspirado em um protótipo militar apresentado pela Volkswagen no ano anterior, durante o Salão do Automóvel de São Paulo. Nove anos se passaram até o exemplar desta reportagem ser montado – só em 2008 ele chegou às mãos de seu atual proprietário, o empresário Tércio Gomes de Sá.
“Soube que ele pertenceu à Sabesp”, conta o apaixonado pelo jipe. Sá afirma que foram necessários 16 meses para que o modelo fosse totalmente restaurado e ficasse impecável.
“Desmontei o carro e troquei várias peças”, diz. Sá afirma que o fato de a mecânica ser a mesma da Kombi (o JEG usa a base do Volks encurtada em cerca de 40 cm), facilitou o processo. O motor é o 1.6 boxer e o câmbio, manual de quatro marchas.
O empresário, que é fã de jipes em geral, conta que “economiza” seus carros. “Uso apenas para fazer pequenos passeios.” O hodômetro do JEG marca apenas 12 mil km rodados.
Sá afirma que nem pensa em colocar seu xodó para andar na terra. Embora tenha sido criado para enfrentar terrenos acidentados, o modelo tem tração 4×2.
Ele elogia o bom desempenho do carro na cidade. “A direção é macia e, como o jipe é pequeno, é bem fácil de manobrar.”
O empresário diz que o câmbio curto permite ao JEG enfrentar subidas íngremes sem exigir frequentes trocas de marcha. Mas Sá não o considera um veículo bom de estrada. “Fui com ele uma vez ao litoral norte, mas foi muito cansativo”, diz.