Viviane Biondo
A direção tem folga, as trocas de marcha requerem precisão, a suspensão não garante muita estabilidade e em dias de chuva é recomendável manter muita distância do carro à frente, para evitar o risco de as rodas travarem numa frenagem de emergência. Para o contador Rodolfo Machado Filho, de 59 anos, são justamente essas características que tornam a vida a bordo de seu Ford A Roadster 1928 “pura adrenalina”. “Os carros novos se dirigem sozinhos, é muito fácil”, brinca.
Há três anos, o Fordinho que agora desfila pelas ruas da Mooca, na zona leste, rodava em Fortaleza. Quando um amigo o avisou que o clássico estava à venda, Machado fez a encomenda. “O carro é bem antigo, mas o motor estava em excelente estado.” O quatro-cilindros de 40 cv trabalha em conjunto com o câmbio de três marchas. A partida é feita por meio de um botão no assoalho, ao lado dos pedais. “Levei um ano e meio para restaurar esse carro”, conta Machado, que faz sucesso na direção desta “Baratinha”, principalmente entre as crianças.
“Para as atuais gerações, ele é uma novidade”, afirma o contador, que não recusa os pedidos do neto, de quatro anos, para passear. “Ele pede para ir de carro antigo. As crianças nas ruas acenam e querem andar também.” Machado se prepara para encarar a primeira viagem longa com o Fordinho. “Quero ir com ele a Conservatória, no Rio de Janeiro, participar de um encontro de antigos”, planeja.
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