
Acostumado a viajar pelo mundo, o professor de inglês Ricardo de Moraes se encantou pelos traços retos da linha Volvo GLE quando passou uma temporada na Austrália, entre 1999 e 2000. Doze anos depois, ele encontrou à venda no Brasil um exemplar de 1987 da versão perua, importado pelo consulado da Suécia, país-sede da marca, que era usado pela mulher do cônsul.
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O desejo de reviver parte de seu passado levou Moraes a comprar o carro. Como não tinha os R$ 20 mil necessários para o negócio, seu pai, Tadeu, entrou com metade do valor e virou “sócio” na empreitada.
Agora, a dupla roda feliz com a perua. “Usamos o carro diariamente. Ele está inteiro. Apenas a lataria precisa de pequenos reparos”, diz o professor.
Quando precisa de alguma peça mais cara – o GLE rodou mais de 320 mil km – Moraes conta que recorre ao Uruguai. Segundo ele, o carro teve boa aceitação no país vizinho, onde os componentes são fáceis de encontrar.
O leitor afirma que o modelo o agrada também pelo bom motor. O quatro-cilindros de 2,3 litros com injeção direta de combustível gera 131 cv e 19,4 mkgf. “O carro roda, em média, 8 km com um litro de gasolina. O consumo é melhor que o de um Opala”, afirma Moraes.
Um dos detalhes curiosos do Volvo é o câmbio manual de quatro marchas com “overdrive”. O recurso, comum em transmissões automáticas, serve para tirar o melhor proveito do motor, que passa a girar menos para manter a velocidade e prioriza a economia de combustível.
A cabine tem revestimento de couro e está bem cuidada. E, apesar de haver direção hidráulica, um acessório em forma de roldana no volante ajuda a reduzir o esforço em manobras.