Leandro Alvares
Ele ainda não é um modelo que se possa chamar de antigo, já que tem “apenas” 16 anos. No entanto, por seu “tempo de estrada”, o Volkswagen Logus de Luiz Soares da Silva impressiona pelo ótimo estado de conservação. “Ele é o meu xodó”, destaca o eletricista aposentado de 60 anos.
O casamento do proprietário com o sedã médio fabricado no País entre 1993 e 1997 – o último fruto da Autolatina, antiga parceria entre VW e Ford – ocorreu em junho de 94. “Foi o meu primeiro e único carro zero-km e, apesar de ser básico (versão CL), trazia um forte motor 1.8 AP”, lembra.
Os propulsores AP (sigla para alta potência) atraem até hoje muitos motoristas e preparadores de veículos por unirem potência e robustez. “Não costumo rodar em alta velocidade, mas quando preciso do auxílio do motor é só pisar fundo no acelerador que ele responde fácil.”
Extremamente vaidoso, Silva diz evitar ao máximo a necessidade de tirar o seu Logus da garagem. “Nesta semana mesmo ele só saiu de casa para fazer as fotos para a reportagem. O Logus é usado só para passeios e para levar a minha mulher no supermercado. Quero preservar o seu estado e a baixa quilometragem”, justifica.
No hodômetro constam pouco mais de 54 mil km rodados. “Era para ele estar com bem menos, algo próximo de 30 mil, mas como o meu filho o utiliza de vez em quando o marcador subiu mais do que deveria”, brinca.
Para conservar o modelo impecável, Luiz lava o carro a cada 15 dias. “E passo um paninho sempre que vejo uma sujeira na lataria. Quando preciso sair em dia de chuva não penso duas vezes: vou de ônibus.” Segundo ele, o Logus vai ganhar em breve novos calçados. “Trocar os pneus é a única coisa que precisa ser feita no carro. Ele, aliás, ainda traz dois pneus originais”, destaca. Sem planos de se desfazer do sedã, Silva sonha em ver seu xodó completar 30 anos. “O presente será uma placa preta.”