Os carros (e motos) mais desejados dos anos 80

Os anos 1980 no Brasil ficaram marcado pelos últimos anos da ditadura e da sua política de mercado fechado, que não permitia importações. Para isso, as marcas precisavam 'rebolar' para ter produtos que agradassem ao consumidor sem acesso aos mesmos carros de fora. Nessa onda, já no final, em 1989, surgia o Gol GTI, versão esportiva do carro mais vendido do Brasil, que foi o primeiro com injeção eletrônica e motor 2.0 de 120 cv. Quem era jovem nessa época, certamente sonhou com o GTI na garagem

Para quem procurava luxo e espaço no final dos anos 1980, certamente a versão Diplomata era uma das melhores opções que existia. Com seu motor 4.1 seis cilindros era o que havia de mais confortável, ainda mais se fosse na versão automática

O Volkswagen Santana era outro desejado dos anos 1980. O modelo, que na verdade era a segunda geração do Passat, na Alemanha, foi um dos poucos carros com a alcunha de carro de luxo da marca alemã no Brasil que vingou assim. No final dos anos 80 ele ganhou a versão GLS, então a mais confortável mesma época em que vieram os motores AP 1.8 e 2.0

Concorrente do Volkswagen Santana, o Monza utiliza o nome de um carro oferecido na Europa pela Opel (subsidiária da Chevrolet). Com motor 1.8, tinha na versão Classic a mais luxuosa, com antena elétrica para o rádio, direção hidráulica, vidros degradê, entre outros. O modelo sobreviveu com essas características até os anos 90, mas já com visual bem menos oitentista

Famoso nos anos 70, o Dodge Charger ainda sobreviveu aos início dos anos 80. Com seus motores V8 de bloco grande e muito espaço, fazia a cabeça dos jovens com a pegada de esportividade. Infelizmente o último ano de produção nacional foi em 1981, quando a Chrysler do Brasil encerrava a as operações no País

A versão esportiva do Escort, carro popular da Ford, fazia a cabeça dos jovens nos anos 1980. Com produção iniciada em 1983, o modelo contava ainda com a caríssima versão conversível. Com o motor 1.6 de 82 cv nos primeiros anos era fraco, mas em 1989 recebeu o 1.8 AP da Volkswagen (já existia a Autolatina) de 99 cv que melhorou o desempenho. Dizem que esse motor tinha mais, mas por questão de impostos tinha potência inferior declarada

Sedã familiar, o Del Rey se destacada pela sobriedade e elegância das linhas quadradas marcantes nos anos 80. O modelo tinha motor 1.8 AP e câmbio de cinco marchas. Além da versão quatro portas, havia uma duas portas e a perua, a Belina Del Rey. Uma das versões, a Ouro, na época era a de topo, com ar-condicionado e câmbio automático. 

O slogan do Miura era todo voltado ao futurismo do carro, que custava muito caro quando surgiu e por isso virou carro de celebridades e jogadores de futebol na época. O modelo tinha uma série de tecnologias inovadoras, como os faróis escamoteáveis com acendimento automático, fechamento dos vidros e computador de bordo, que entre outras instruções lembrava o motorista de afivelar os cintos e completar o óleo do motor.

Conhecida como 'sete galo' graças ao jogo do bicho, em que o galo é o número 50, a CBX 750F foi um divisor de águas. A importada, 1986 (foto), é a mais rara atualmente, que tinha ajustes nas suspensões e rodas de 16 polegadas na frente. Em 1987, quando foi nacionalizada, perdeu os ajustes e a roda passou a ser de 18 polegadas. A versão brasileira tinha 82 cv de potência e câmbio de seis marchas. Quatro tempos, ela rivalizava com a Yamaha RD 350, que era dois tempos (próximo quadro)

Quando chegou ao Brasil em 1986, ela fez sucesso ao brigar com a Honda 'sete galo'. O modelo, que tinha motor dois tempos, entregava um desempenho semelhante a da Honda, com um motor menor, diga-se passagem. Apesar da esportividade, o modelo penava em capacidade de frenagem, com freios a tambor atrás e um simples sólido na frente. Na década de 90 esses problemas foram sanados antes de sair de linha, em 1993