1/10
Volkswagen Phaeton
A Volkswagen teimou em fazer um sedã de alto luxo para competir com o Mercedes-Benz Classe S, BMW Série 7 e outros carros do mesmo nível. Construiu uma fábrica exclusiva para o Phaeton e o equipou com motor 6.0 W12 apenas para descobrir que quem tem dinheiro para comprar um carro desses compra um Audi, e não um VW. A produção anual foi estimada em 50 mil unidades, mas em 14 anos foram fabricados só 84 mil. Sua produção foi encerrada em março de 2016.
2/10
General Motors EV1
Típico caso do carro certo na hora errada, o EV1 foi o primeiro modelo a ostentar o emblema da General Motors (e não o de uma de suas marcas) e a utilizar o princípio moderno de veículos elétricos a bateria, recarregáveis. Mas naquela época o petróleo estava barato e ninguém queria saber disso -- em certo momento nem mesmo a própria GM, segundo o documentário Quem Matou o Carro Elétrico?, filmado nos Estados Unidos, que conta a história do veículo. Para piorar ele não podia ser comprado, apenas alugado da própria montadora. Os poucos mais de 1 mil fabricados foram destruídos e restou menos de uma dezena deles para contar a curta história, que durou de 1996 a 1999.
3/10
Ford Pinto
Não, não teve nada a ver com o nome. O Ford Pinto caiu em desgraça no mercado dos Estados Unidos quando se descobriu que ele podia explodir em caso de colisão traseira, pois o tanque era instalado atrás do eixo traseiro. O que não era bom ficou pior quando uma revista publicou um comunicado interno da Ford indicando que seria mais barato pagar a indenização às vítimas do que consertar todos os carros que já haviam sido vendidos -- o que a fabricante acabou fazendo após esta revelação, mas era tarde demais para salvar a carreira do modelo, que durou de 1971 a 1980.
4/10
Chevrolet SSR
Sim, ele é estiloso, mas é como uma piscina: melhor do que cuidar e manter uma em casa é contar com um bom amigo que tenha uma na casa dele, porque aí você aproveita a parte boa e se livra da parte chata. O problema do SSR é que ele é um misto de picape com conversível com esportivo com minivan e, é claro, assim sendo não cumpre direito nenhum destes papéis. O preço também era bem salgado e o resultado se materializou em apenas 23 mil unidades vendidas de 2003 a 2008, quando saiu de linha.
5/10
Gurgel BR-800
Um caso de fiasco à brasileira. A idéia de fabricar um veículo 100% nacional era louvável, mas o pequenino BR800 viu obstáculos demais pelo caminho. O primeiro foi o próprio nome: ele se chamaria Cena, sigla para Carro Econômico Nacional, mas à época o piloto Ayrton Senna reclamou da semelhança sonora com seu sobrenome, o que ocasionou a mudança para BR-800, alusão aos seu motor 0,8 L de dois cilindros. No princípio para se comprar o carro era preciso adquirir também um lote de ações da Gurgel, o que causava estranheza aos interessados. O fato de ser apto somente ao uso urbano, pouco confortável e não muito confiável mecanicamente, aliado a uma rede de assistência pequena, afastava os possíveis compradores. Sofreu o baque definitivo quando vieram os carros populares, como o Mille, na mesma faixa de preço.
6/10
Mercedes-Benz Classe A (primeira geração)
O problema não foi nem o teste do alce, promovido por uma revista sueca durante o lançamento no qual o Classe A capotou, em 1997. Os recursos eletrônicos até resolveram a questão, mas não salvaram o estilo do carro, que parecia uma 'mini-minivan' e portanto em nada transmitia o status de um carro com a estrela de três pontas no capô. No Brasil as vendas também não decolaram, fato aqui em boa parte ajudado por conta do preço alto. Na segunda geração a fabricante deixou o Classe A com mais jeitão de minivan, o que conseguiu piorar as coisas, até a desistência final em 2012, quando o Classe A se transformou no que sempre deveria ter sido: um hatch compacto.
7/10
Ford Edsel
Presente em qualquer lista dos maiores fiascos automotivos de todos os tempos no mundo que se preze, o Edsel virou até gíria, sinônimo de fracasso, nos Estados Unidos. Uma soma de fatores o levou à ruína, em especial o design pouco usual da grade dianteira, na vertical, associada a uma campanha de marketing de pré-lançamento tão agressiva que fazia os consumidores se decepcionarem, pois era um carro relativamente como outro qualquer e a propaganda os fez pensar se tratar de algo absurdamente revolucionário. A crise econômica na época e o preço pouco convidativo foram definitivos para que o Edsel fosse produzido apenas de 1958 a 1960.
8/10
Scion
A Scion foi uma marca criada pela Toyota em 2003 para atrair o público jovem, que notadamente não é seduzido por seus modelos. O plano era iniciar as vendas nos Estados Unidos e depois tornar a Scion global. Os modelos eram exclusivos, bem diferentes dos tradicionais Toyota, assim como as estratégias de marketing. Mas fora os Estados Unidos a Scion só chegou até o Canadá e as vendas nunca foram exatamente animadoras. Em 2016 a fabricante anunciou o fim da marca, transferindo os modelos ainda remanescentes para a gama da... Toyota.
9/10
Maybach
Este caso é parecido com o da Volkswagen com o Phaeton, mas em um degrau acima: a Mercedes-Benz quis competir com a Rolls Royce e a Bentley no mercado de altíssimo luxo, até descobrir que quem compra um Rolls Royce não compra um carro que mais parece um Mercedes-Benz Classe S esticado. Durou só de 1997 a 2013, mas hoje a fabricante usa o nome Maybach para identificar a versão mais luxuosa do (adivinhe..?) Mercedes-Benz Classe S.
10/10
Volkswagen Apollo
Outro fracasso clássico do mercado nacional, o Apollo era o irmão quase-gêmeo do Ford Verona, na época da Autolatina, união das duas fabricantes. Para distanciar um do outro a proposta foi fazer do Apollo um modelo acima do Verona, com uma pitada mais esportiva, dotado de motor 1.8, câmbio com relações mais curtas, lanternas traseiras fumê e outros detalhes. O problema é que ele também custava mais caro que o Verona, e o (raro) consumidor que queria um deles acabava sempre optando pelo Ford. Conclusão: o Apollo foi fabricado por somente dois anos, de 1990 a 1992.