José Antonio Leme
Após lançar cinco modelos de uma única vez no País, a Triumph deu o segundo passo de sua “invasão inglesa” com o início das vendas da esportiva Daytona 675 R, a R$ 48.690, e da naked Street Triple, a R$ 31.900. Ambas são montadas em Manaus.
Os britânicos optaram por direções opostas para essas motos no Brasil. A Daytona 675 chega na versão R, a mais completa, que conta com suspensões Öhlins ajustáveis e freios com antitravamento de dois modos, ABS e ABS Circuit.
Este, próprio para condução esportiva, tem ação mais tardia que o convencional. Há ainda painéis e para-lamas de fibra de carbono e câmbio com sistema Quick-shift, que dispensa o uso da embreagem para “subir” marchas.
No caso da Street Triple, a marca escolheu montar no País a versão básica, sem ajustes dos freios ABS e suspensões. Embora com a mesma cilindrada (675 cm3), os motores têm medidas e material dos pistões diferentes, o que se traduz em potência e torque distintos.
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Para atender às regras que limitam as emissões de poluentes, a Street Triple “nacional” perdeu 20 cv ante a versão vendida na Inglaterra e ficou com 85 cv. Na Daytona R os 128 cv originais foram mantidos. O três-cilindros fornece bom torque em baixa e esportividade em altas rotações, quando exigido até o limite. Permite até realizar derrapagens controladas com as duas motos.
Nos dois modelos os quadros são de alumínio e oferecem boa rigidez estrutural, como foi possível conferir durante avaliação no Autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP). Com distribuição de peso de 52% na dianteira e 48%, essas Triumph são bem equilibradas e encaram trechos sinuosos e curvas de alta velocidade mantendo-se à mão. Mérito também dos pneus semi-slicks.
Em contrapartida, devem deixar a desejar em piso molhado, pois têm poucos sulcos. Na pista, onde todo o conjunto é muito exigido, os freios da Daytona trabalharam bem. Já os da Street Triple apresentaram queda de rendimento maior após algumas voltas, mas sem pôr em risco a capacidade de frenagem do modelo.