
Pense em um tempo onde não havia muitas opções de motos, menos ainda de alta cilindrada, e que todos ficavam babando ao ver os lançamentos e produtos que existiam fora do Brasil. A solução? Um projeto de uma imponente touring nacional com mecânica que tornasse fácil a manutenção. Assim surgia a Amazonas, feita no País com motor e câmbio do Volkswagen Fusca.
O projeto da Amazonas surgiu da ideia dos mecânicos Luiz Antônio Gomi e José Carlos Biston de criar uma motocicleta com estilo das desejadas touring da Harley-Davidson que custavam muito caro e cuja importação era muito difícil.
Como não era possível desenvolver uma mecânica de alta cilindrada e confiável por aqui, os idealizadores optaram por um conjunto mecânico de carro: o motor VW 1.5 a ar. E o modelo até esse momento atendia pelo nome de Motovolks.
Quando foi criado, no início de 1970, o modelo foi equipado com motor VW boxer de 1500 cm³ e o câmbio de quatro marchas do Fusca. Os quatro primeiros exemplares tinham peças de chassi de modelos antigos da Harley e de Indian também, além de partes fabricadas artesanalmente.
Seus 330 quilos não faziam dela uma moto leve. Como método de comparação, uma Harley-Davidson Street Glide atual que traz sistema de som e maleiros laterais, entre outros, tem 372 quilos e é muito maior.
Uma das mudanças mecânicas que precisaram ser feitas foi o alívio no volante do motor, que a cada aceleração fazia a moto querer inclinar. Para não haver confusão na hora de troca de marchas, a ré recebeu uma alavanca à parte que ficava no lado direito, enquanto as outras marchas estavam no pé e do lado esquerdo.
Com o fechamento das importações em 1976 e o interesse do grupo paulista Ferreira Rodrigues no projeto, surgia em 1978 a moto produzida em escala com o nome Amazonas e a empresa AME (Amazonas Motocicletas Especiais LTDA), em São Paulo.
O aporte de uma empresa por trás permitiu que o modelo ganhasse outras versões, a Turismo Luxo, Esporte Luxo e Militar Luxo, está última destinada a batedores do exército e polícias e que pesava 380 quilos.
Outra mudança era a entrada do motor de 1.600 cm³ e 56 cv no lugar do 1.500 cm³. Nesse período ela chegou a ocupar o posto de moto de série com o maior motor do planeta, até que fossem lançadas opções de 1.700 cm³ e 1.800 cm³ mercado afora, como a Honda Gold Wing.
Apesar da produção industrial, o model continuava utilizando peças de veículos distintos. O painel era emprestado do Puma, enquanto tinha farol do caminhão Mercedes 608 D, além de peças de Ford Corcel e outros carros da VW, como o câmbio de Brasília, depois trocado pelo do Gol com relação final do SP2, que era mais longa.
Com tanque de até 40 litros – o equivalente ao de um Nissan March – ela chegou a ser exportada para Europa, Oriente Médio e Japãoapós gerar interesse pelo estilo do projeto. A moto teve até uma reestilização no meio do caminho, podendo ter farol redondo ou ainda um quadrado, mas auxiliado por dois faróis retangulares menores.
Em 1986, a AME era adquirida por Guilherme Hannud Filho, mas não teria vida longa. Em 1988, após cerca de 450 unidades produzidas, sendo um quarto delas vendidas para polícias e escoltas, a empresa encerraria sua atividades. Nesse tempo a empresa criou também um versão com side-car.
Nova tentativa. No início dos anos 2000, Hannud Filho tentaria novamente emplacar a marca Amazonas no mercado. Em parceria com uma empresa chinesa, a Loncin, o empresário ensaiou um retorno, mas com uma proposta longe da original, que era de motos de baixa cilindrada como as AME 110, AME 125, AME 150 e AME 250. A tentativa não resistiria até a década seguinte.
Amazonas
Conheça a história da Amazonas, motocicleta touring criada no Brasil em tempos de difícil importação e que utilizava a mecânica Volkswagen do Fusca
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