A Street Glide é a touring da Harley-Davidson com menos malas e mais liberdade. Na versão preparada CVO, que, assim como a “normal”, é montada em Manaus, traz praticidade e uma série de detalhes exclusivos, além do apimentado motor de 1.800 cm³. Mas a exclusividade cobra seu preço e, nesse caso, são R$ 134.200.
Essa motocicleta, assim como todas da linha CVO, tem pintura e peças especiais, como lanternas, plataformas, pedais, manetes, e acabamento que imita fibra de carbono. Também são exclusivos os cromados e o escapamento com som mais esportivo.
O painel tem mostradores analógicos, um pequeno digital e fácil visualização. O conjunto fica completo com a central multimídia com navegador GPS, conexão Bluetooth, entrada USB e a tela sensível ao toque de 6,5” que pode ser acionada mesmo calçando luvas. Há ainda faróis de LEDs e som com 300 Watts de potência.
A posição de pilotagem é boa, especialmente pelo conforto oferecido às pernas pelas plataformas largas. Já a acomodação do garupa deixa a desejar: não há apoio para a lombar nem alças laterais para se segurar. Um encosto é vendido como acessório nas lojas.
Outro incremento na pilotagem é a roda dianteira de 19 polegadas com pneu de perfil fino. Essa solução deixou a frente mais leve, para manobras em baixa velocidade, e as mudanças de trajetória ficaram mais rápidas. Na carenagem, uma entrada de ar aprimora a aerodinâmica ao reduzir o esforço para manter a moto alinhada contra o vento.
O motor dois-cilindros de 1.800 cm³, cuja potência a Harley não divulga, tem 16 mkgf de torque (a Street normal tem um 1.700 cm³ de 14,4 mkgf). Essa força é entregue mais agressivamente, graças a mudanças no conjunto, como o filtro de ar esportivo e o comando de válvulas com ressaltos maiores. O alto desempenho gera mais calor nas pernas e vibração até em marcha lenta.
O câmbio de seis marchas tem bom escalonamento, mas engates muito longos e posição neutra difícil de encontrar. Os freios a disco, duplos na frente e simples atrás, têm pinças da Brembo e sistema ABS. A capacidade de parar a moto é boa.