Andamos na nova KTM Super Duke 1290 R

Com 180 cv, o modelo é a naked mais potente do mundo e mostra poder da marca austríaca

Por 17 de jun, 2015 · 4m de leitura.

A aceleração é como um soco, de tão brutal. Não à toa, seu nome significa “super punho”, em português. Feita na Áustria, a KTM 1290 Super Duke R tem motor V2 de 180 cv e acaba de chegar ao Brasil por R$ 79 mil com o título de naked (sem carenagem) mais potente do mundo.

Seu dois-cilindros é derivado do utilizado na superesportiva RC8R (não é vendida aqui), mas com a cilindrada ampliada de 1195 cm para 1301 cm. Os 14,6 mkgf de torque são bem gerenciados por três modos de condução – sport, rua e chuva -, que permitem mudar as respostas de acelerador e atuação do controle de tração.


O motor é elástico, entrega boa dose de potência desde baixos regimes e responde de maneira agressiva. No modo esportivo, é fácil tirar a roda dianteira do chão – até sem querer.

De seis velocidades, o câmbio tem engates curtos e precisos. Até se acostumar, o motociclista pode ter a impressão de que a marcha não entrou.
Com aspecto truculento típico da KTM, a Super Duke parece ser pesada, mas tem 189 kg. Ela é mais leve, por exemplo, que a Kawasaki ER-6n, que pesa 206 kg e dispõe de 72 cv.

Essa austríaca agradará pilotos altos. Além do 1,48 metro de entre-eixos, há bom espaço para as pernas sem abdicar da posição esportiva de guiar.
De tocada precisa, a moto tem respostas bem previsíveis nas mudanças de direção. Além da boa construção, a KTM traz amortecedor guidom, que reduz as vibrações.


As suspensões da WP são totalmente ajustáveis. Dá para escolher o melhor acerto para estrada, cidade ou pista.

Os freios a disco, duplos na frente e simples atrás, têm potência de sobra e exigem sensibilidade na hora do acionamento. É possível desligar o ABS totalmente ou só atrás para fazer derrapagens controladas.