A Multistrada 1200 e Lanzarote, nas Ilhas Canárias, palco espanhol escolhido pela Ducati para o lançamento mundial da moto, têm muito em comum. Ambas são belas e encamtam logo em um primeiro contato, mas trazem em sua essência uma rusticidade e um perfil aventureiro que instigam. Integrante gabaritada do segmento das big trail, a nova geração da moto traz como grande novidade a adoção do motor Testratretta com comando desmodrômico de válvulas variável.
Ele dá ao modelo 10 cv a mais que antes, resultando em 162 cv a 9.500 rpm e 10,3 mkgf a 7.500 rpm, sendo que cerca de 80% do torque já está disponível a 3.500 rpm. Curiosamente, o poder de fogo deste motor foi testado para valer na subida que leva a um vulcão, o Timanfaya. Entre paisagens quase lunares e vales de lava solidificada, a Multistrada 1200 mostrou muita força em baixa para superar obstáculos e fôlego para ultrapassar com folga a velocidade de cruzeiro de 120 km/h. Mesmo assim, segundo a Ducati, sendo 8% mais ecnonômico que antes.
A ciclística também foi melhorada para privilegiar a posição de pilotagem, principalmente para pilotos mais baixo. Quem gui a moto agora fica mais sentado e o banco foi abaixado de 85 mm para 82,5 mm (podendo ir a até 84,5 mm) e o guidão veio mais para perto, tudo para que o piloto também tenha mais controle dos esterçamentos em estrada de terra.
Isso melhorou muito o controle da moto, que é grande, com 2,20 metros de comprimento, e que agora está ainda mais pesada, passou de 224 kg para 232 kg. Nisso também ajuda os pneus Pirelli Scorpion Trail II 190/55 R17, que dão a moto a aderência necassária no asfalto e capacidade de fazer trilhas em terrenos de terra batida.
A Multistrada 1200 também tem quatro modos de direção: Sport, Touring, Urban e Enduro. No Sport, toda a força a potência são liberadas, o controle de tração atua pouco e o ABS fica no nível 2. Já no Touring, a força está lá, mas a resposta do acelerador é mais lenta, o ABS vai para o nível 3 e os controles de tração e que impede ela de empinar – o DWC – ficam no nível máximo.
No Urban, a potência é limitada a 100 cv, o mapeamento da tração fica um pouco abaixo do máximo e o ABS permanece no nível 3. O Enduro, focado no off-road, mantém a limitação da potência, para deixar a moto mais mansa e controlável, e regula a suspensão e o mapeamento da injeção para deixar tudo mais suave. Fora isso, o ABS vai para o nível 1, programado para superfícies de baixa aderência.
Ficha técnica:
Motor: 1.198 cm3, L2, gasolina
Potência: 162 cv a 9.500 rpm
Torque: 10,3 mkgf a 7.500 rpm
Câmbio: manual de seis marchas
Peso: 212 cv
Capacidade do tanque: 20 litros
VIAGEM A CONVITE DA DUCATI