GUILHERME WALTENBERG
FOTOS: DAFRA/DIVULGAÇÃO
Haikou, China – A Dafra vai aumentar sua participação no segmento de motos de 150 cm³ com a Riva 150, que chega em janeiro por cerca de R$ 5 mil. A marca já tem nessa categoria os modelos Speed, Kansas e Apache.
Produzida pela chinesa Hao Jue, a Riva foi desenvolvida em conjunto com engenheiros da marca brasileira. Todo o processo levou dois anos. Avaliamos a moto em uma pista em Haikou, na ilha Hainan, sul da China.
A aceleração e a suspensão de curso médio para longo são os destaques da Riva. É fácil ganhar velocidade com ela.
As retomadas são eficientes. Em uma rampa com 17 graus, em terceira marcha, a moto não mostrou dificuldade para ganhar velocidade, algo desejável em uma cidade como São Paulo, com terreno acidentado.
Mas na estrada a Riva pode decepcionar, pois sua velocidade final não é alta. Chegar aos 100 km/h demanda esforço, característica de modelos chineses, já que no país motocicletas não podem trafegar em rodovias.
No entanto, ao atingir a meta, a moto não perde estabilidade nem treme exageradamente.
O modelo se reúne ao grupo das pequenas que vão bem no asfalto ondulado típico das cidades brasileiras – a Honda CG e a Yamaha YBR se destacam nesse quesito. Apesar de o curso da suspensão ter apenas 105 mm na dianteira e 77 mm na traseira, ela dá à Riva bom isolamento das imperfeições do solo.
O desenho da Riva tem linhas mais elaboradas que as de outras chinesas à venda no País, que no geral são muito simples. Entre os destaques está o painel com mostrador de velocidade digital. E o acabamento da moto não apresenta rebarbas.
Um dos pontos negativos é a falta de firmeza em curvas. Esse aspecto, no entanto, ainda pode mudar. O modelo avaliado pelo JC era de pré-série. Estava equipado com pneus diferentes dos que a Riva usará aqui, da Pirelli. Com os compostos chineses, o modelo não inspirou confiança suficiente para o condutor “deitar-se” ao fazer curvas.
A Riva promete colocar mais “lenha na fogueira” do segmento de motos até 150 cm³, responsáveis por nada menos que 80% do mercado nacional.
Viagem a convite da Dafra