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Avaliamos a Royal Enfield Himalayan, a ‘trail raiz’
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Avaliamos a Royal Enfield Himalayan, a ‘trail raiz’

Himalayan chega ao país por R$ 18.990 para colocar a Royal Enfield em inédito segmento de trail oferecendo cerca de 450 km de autonomia

José Antonio Leme

29 de jan, 2019 · 6 minutos de leitura.

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himalayan
ROYAL ENFIELD HIMALAYAN. CRÉDITO: ROYAL ENFIELD/DIVULGAÇÃO
Crédito:

A Royal Enfield aumenta sua participação no País com a chegada da trail Himalayan. Diferentemente do restante da linha, com visual retrô, a Himalayan vem para ocupar espaço no segmento trail. A moto chega importada da Índia por R$ 18.990.

Com estilo bem semelhante ao das trail da década de 80, mantém uma pegada retrô no visual, com o farol redondo e o formato do tanque, entre outros. Sem frescuras, por assim dizer, passa uma imagem mais “raiz”. O para-brisa curto serve para desviar o vento e há um segundo ajuste para levantar a peça e desviar o vento um pouco mais.

De série, a Himalayan traz freios ABS, protetor de cárter e suporte para a fixação de malas laterais vendidas como acessório. O painel de instrumentos é bem completo, tem boa visualização e traz até uma bússola virtual. O tanque de combustível de 15 litros oferece 450 km de autonomia, segundo a Royal Enfield.

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Além disso, a marca afirma que os protetores de tanque – as barras onde está escrito o nome da montadora – podem ser utilizados como suporte para afixar outras malas, galão de combustível ou pneus durante longas viagens.

O motor, todo novo, é um monocilíndrico de 411 cm³ que rende 24,5 cv a 6.500 rpm e 3,2 mkgf a 4.250 rpm. Ele recebeu um balanceiro para reduzir a vibração natural de um propulsor de um cilindro e capacidade volumétrica alta. O câmbio é de cinco marchas. A adoção de um radiador de óleo aumentou a vida útil para 10 mil km ao invés de 6 mil km que normalmente é o período da troca do fluído.

Na prática, esse conjunto oferece bom torque, sempre presente, e boa resposta de aceleração, mas nada muito surpreendente em termos de desempenho. Na estrada, consegue manter até 120 km/h sem dificuldade e com pouca vibração no guidom e pedaleiras.


A posição de guiar é bastante confortável. As pedaleiras são levemente recuadas e o guidom proporciona uma posição relaxada. O banco em dois níveis agrada pela espessura. Porém, seria melhor um guidom mais reto e levemente elevado, o melhoraria a pilotagem em pé no off-road sem comprometer o conforto no asfalto.

A suspensão é sem ajustes na dianteira e do tipo monoamortecida atrás com ajuste de pré-carga. É a primeira vez que a Royal Enfield usa esse tipo. Oferecem bom conforto e firmeza adequada para o asfalto e para o off-road com os 200 mm de curso na frente e 180 mm atrás. As trocas de direção são lentas e as respostas não oferecem a agilidade esperada de uma trail, culpa do peso e do ângulo de trail.

Mas o pênalti maior é o freio. A disco simples nas duas rodas, precisava ser mais progressivo, já que exige muita força para entregar toda capacidade de frenagem possível. O ABS, que não é desligável, até que não é tão intrusivo quando a moto está na terra.


Outro senão da HImalayan é o peso. São 191 kg em ordem de marcha, o que é bastante elevado, especialmente para incursões no fora de estrada. O tanque de aço ajuda a elevar o peso. A distância do solo, de 220 mm, é boa para transpassar obstáculos.

Os pneus Pirelli mistos, mas com comportamento mais para o asfalto que na terra, tem medidas 90/90 e 120/90 na frente e atrás, respectivamente. E são calçados em rodas de 21 polegadas na dianteira e 17 na traseira. Mesmo sendo mais on-road que off-road, eles conseguem lidar com um fora-de-estrada leve.

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