Rafaela Borges
A aposta agora é na sofisticação. De volta às concessionárias, em nova geração e com nome maior – era Blazer e passou a ser Trailblazer -, o utilitário-esportivo derivado da Chevrolet S10 chega como veículo mais caro produzido no Mercosul. Feito em São José dos Campos (SP), seu preço parte de R$ 145.450 na versão a gasolina com motor 3.6 V6 (239 cv), chegando a R$ 175.450 na opção equipada com o 2.8 a diesel.
Para comparação, o principal rival do Traiblazer, o argentino Toyota Hilux SW4, tem preço a partir de R$ 114.150 na opção flexível e de R$ 164.400 na com motor a diesel.
A Chevrolet optou por lançar o modelo apenas na requintada versão LTZ. Todos os Trailblazer vêm com câmbio automático de oito marchas, sete lugares (os dois bancos da terceira fileira são dobráveis), tração 4×4, ar-condicionado digital, seis air bags, controles de tração e estabilidade e bancos de couro, entre outros equipamentos.
O sistema de som é compatível com diversos tocadores digitais, mas assim como na S10, não há navegador GPS – falha grave para um modelo nesta faixa de preço. O acabamento agrada bastante. Na unidade avaliada, o couro de revestimento interno era bege. O material está nos bancos, painéis das portas e volante.
O desenho também ficou bonito. A dianteira lembra a da nova S10. Na traseira, as lanternas cortadas pela tampa do porta-malas chamam a atenção. As rodas de 18 polegadas com pneus largos dão imponência ao jipão.
O Trailblazer é grande, com 4,88 metros de comprimento. O entre-eixos de 2,85 metros ajuda a dar bom espaço às pernas dos ocupantes da segunda fileira de bancos, que acomoda com conforto três pessoas – são 2,13 metros de largura.
Avaliamos a versão a diesel, que de acordo com informações da Chevrolet vai representar 70% das vendas do Trailblazer – a estimativa é vender o total de 400 unidades por mês. O motor é o mesmo da S10 e a potência de 180 cv não impressiona. O que ajuda a dar agilidade ao jipe pesadão é o torque de 47,9 mkgf a apenas 2 mil rpm.
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O veículo tem ótimo arranque e é bom de retomadas. As trocas do câmbio são rápidas e com poucos trancos. A alavanca da transmissão e o volante vibram pouco para um modelo a diesel.
Rodando, principalmente em aceleração, o Trailblazer não é silencioso como um Land Rover Discovery 4 a diesel, por exemplo, mas há menos ruído que no rival Hilux SW4. A carroceria do Chevrolet balança pouco em alta velocidade.