MARCELO FENERICH
Encarar a CB 1000R, sabendo que seu motor gera 125 cv, é intimidador, principalmente porque a nova Honda é quase tão compacta quanto a 600F Hornet. Na prática ela é mais dócil que sua “irmã menor”. Agressivo mesmo é o preço. A novidade parte R$ 37.800, ante os R$ 47.940 da Kawasaki Z1000, sua principal concorrente.
Como responde com precisão e suavidade em baixas rotações, a CB vai bem inclusive na cidade. Trafega tranquilamente no trânsito urbano, sem causar sustos em acelerações mais fortes.
Mas é na estrada que essa CB mostra sua vocação. É só girar o punho direito e a naked ganha velocidade de forma progressiva e constante. Parece não ter fim.
Derivado do quatro-cilindros da 1000RR (de 172 cv), esse propulsor de 998,3 cm3 tem torque alto. São 10 mkgf a 7.750 mil rpm. A potência máxima aparece a 10.000 rpm.
Pilotando
Em curvas, a nova Honda também transmite a sensação de não ter limite. O baixo centro de gravidade garante estabilidade e segurança, permitindo que o piloto vá deitando cada vez mais, conforme vai conhecendo a moto.
Ponto também para o bom sistema de freios. O modelo avaliado estava equipado com o Combined ABS (ABS combinado, em português). São dois recursos: um distribui a força de frenagem entre as rodas e o outro evita o travamento. Com esse equipamento a tabela vai a R$ 40.800.
A CB 1000R é bem confortável graças ao guidom largo e elevado e ao assento estreito e baixo (82,5 cm). Com isso, os braços ficam mais bem posicionados e há mais firmeza para apoiar os pés no chão.
A suspensão é eficiente. Na dianteira, com ajustes de retorno, mola e mergulho, há garfos invertidos com curso de 12 cm. A traseira, com ajustes de retorno e pré carga da mola com dez posições, é do tipo monoamortecida e tem balança em apenas um braço. Com isso, as rodas de 17” fica ainda mais aparentes e chamativas.