MARCELO FENERICH
Quando foi lançada no País, em abril de 2008, a quarta geração (segunda aqui) da CB 600F Hornet parecia não ter sido totalmente finalizada pelos projetistas da Honda. Na traseira, por exemplo, o assento acabava e a rabeta vinha em um “degrau” abaixo. Na frente, a impressão era de que haviam esquecido de pensar no painel de instrumentos, que não “encaixava” no farol.
Na linha 2012, que ficou cerca de R$ 2.500 mais em conta – a tabela varia de R$ 30.800, para a versão Standard, a R$ 33.800 (com ABS) a fabricante deu a entender que resolveu fazer a versão definitiva da naked (nua, em português).
A rabeta foi reposicionada para o alto e agora está integrada ao banco. O assento também recebeu alterações, proporcionando melhor encaixe das pernas do piloto no tanque de combustível. As alças do garupa, por sua vez, foram embutidas nas laterais.
O conjunto frontal está mais compacto. Ele é formado por farol e painel de instrumentos, que passa a ser totalmente digital.
Em relação à mecânica, não houve mudanças. O motor quatro-cilindros de 599,3 cm3 com duplo comando de válvulas foi mantido. Ele gera os mesmos 102 cv a 12.000 rpm e 6,53 mkgf de torque a 10.500 rpm.
Na prática, além de ágil, essa Honda é estável e precisa nas curvas, inclusive nas de alta velocidade. Em qualquer situação, a Hornet se mantém “grudada” ao chão – é possível incliná-la sem medo. Outro ponto alto é o ronco que sai do escapamento, que instiga o piloto a acelerar.
Mas é preciso ficar atento com ventos laterais. Acima de 200 km/h, a CB 600F pode até ser “empurrada” para o lado, uma vez que a dianteira acaba ficando muito leve. Um ponto negativo é o tamanho dos retrovisores. Como são pequenos, o piloto precisa ficar procurando o melhor ângulo de visão o tempo todo.