
Marcelo Ferenich
A durabilidade da transmissão secundária, conhecida como relação, não depende apenas da marca do conjunto (composto por coroa, corrente e pinhão), mas também de fatores como lubrificação, tipo de lubrificante, ajustes periódicos e forma de condução da moto.
Segundo especialistas, para evitar desgaste prematuro é preciso limpar o sistema com sabão desengraxante e, em seguida, fazer a lubrificação – que é recomendável a cada mil km ou sempre que a corrente ficar seca. “Quem roda em regiões empoeiradas deve reduzir esse intervalo”, diz a dona da Juba Motos (3672-9925), na zona oeste, Maria Aparecida Popi.
Ela não recomenda a utilização de lubrificante em forma de spray, geralmente composto por solventes. “A substituição do óleo recomendado pelo uso de graxa, que tem viscosidade muito mais alta, também pode acelerar o desgaste do conjunto”, explica Maria.
Em sua loja o preço do kit varia de R$ 56 a R$ 350, de acordo com a marca dos componentes e cilindrada da motocicleta.
Já o proprietário da Fox Moto (2206-0932), na zona norte, Fabiano de Oliveira, diz que o uso de óleo de baixa viscosidade também não é recomendado. “Pode escorrer, sujar a banda de rodagem do pneu e até provocar a queda do motociclista.”
Oliveira afirma que um sinal de que a vida útil da relação terminou é que a corrente não pode mais ser alongada. “Alguns mecânicos removem elos para deixar a corrente mais curta. Essa também não é uma solução recomendável”, diz.
Na Fox Moto o conjunto parte de R$ 49,90 – para modelos entre 125 cm³ e 150 cm³ – e chega a R$ 160, para os de 400 cm³. Outra loja que vende essas peças é a Yamaparts (3222-1657), no centro da capital. Lá, o kit “paralelo” parte de R$ 35 e o original, de R$ 60.
“Para motos com motores entre 600 cm³ e 1.300 cm³, o conjunto sai por R$ 650”, afirma o vendedor Antônio Ciro.
FOTO: SÉRGIO CASTRO/AE