A Ducati aproveitou que está em casa para mostrar novidades no Salão de Milão, na Itália. Porém, nem todas devem agradar ao público brasileiro. Mostrando a linha 2020 da Panigale V4, o modelo ganhou uma série de mudanças. Uma delas deixou a V4 S vendida no Brasil obsoleta. Agora, tanto a versão de entrada, V4, quanto a intermediária, V4 S virão com as asas na carenagem que antes eram exclusividade da versão de topo, V4 R.
Além das asas, que aumenta a pressão aerodinâmica, garantindo que frente da moto tenha mais estabilidade e fique “presa” ao chão, a carenagem ganhou novas aberturas de ar nas laterais, que também eram exclusividades da versão R. Segundo a Ducati, essas mudanças geram 30 kg a mais de pressão na superesportiva a 270 km/h. A marca também alterou a parte frontal do chassi, para ficar menos rígido garantindo uma melhor ciclística para o modelo.
Ducati Streetfighter V4
A Streetfighter V4 é um dos lançamentos da marca italiana. O modelo é a versão sem carenagem da Panigale V4 e substitui a Streetfighter 1098, que está há uns bons anos fora do mercado a espera de uma sucessora no mesmo nível. Na naked, o motor V4 de 1.103 cm³ rende 208 cv e tem 30% mais torque se comparado a Streetfighter 1098.
Com um conjunto de competição, disponível pela marca, a potência pode chegar aos 220 cv. De série, a Streetfighter V4 traz asas nas laterais do tanque pelo mesmo motivo da Panigale V4 – gerar pressão aerodinâmica. No caso são 28 kg a 270 km/h. Ela traz o mesmo pacote eletrônico robusto e completo da V4, com controles de tração e estabilidade. A Panigale também tem quick shift para subir e reduzir marchas sem acionar a embreagem e controle de freio motor. Há também ABS de curva, controle de wheeling (evita que a moto empine) e unidade de medição inercial de seis eixos.
Panigale V2
Não me chame de 959 Panigale, me chame de Panigale V2. A esportiva de menor cilindrada da Ducati mudou e agora está uma cópia da irmã maior, inclusive no nome. Com isso, o visual é exatamente uma versão menor da Panigale V4, incluindo os faróis escondidos com LEDs diurnos na beira da carenagem frontal.
Até a balança traseira monobraço foi implantada na irmã menor dessa vez. As mudanças que denunciam não ser uma V4 e sim uma Panigale V2 são sistema de escapamento e o desenho da carenagem na lateral, sem as aberturas. O motor dois cilindros em L manteve os 155 cv de potência.
Segundo a Ducati, além da eletrônica robusta que ela já oferece mesmo antes de mudar de nome, a Panigale V2 ainda traz a segunda geração do controle de tração da marca que permite uma melhor intervenção na roda traseira quando ela está perdendo tração.
JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA HONDA