Ter uma moto no Brasil, do ponto de vista de segurança, não é tarefa fácil. Por serem mais suscetíveis a acidentes, furto e roubo, os veículos de duas rodas requerem maior cuidado também na hora da contratação do seguro. Há várias opções disponíveis, mas tudo depende daquilo que o mercado chama de “cilindrada” da moto. Quanto menor for esse número, maior é o risco e, portanto, mais alto será o preço da apólice.
Moto mais vendida do País, a Honda CG é vetada pela maioria das seguradoras. As poucas que oferecem a cobertura cobram até 30% do valor de mercado do modelo, inviabilizando a contratação para boa parte dos proprietários.
Há dois fatores determinantes para o elevado custo dessas apólices. Um é o alto índice de roubo e furto, cujo objetivo é abastecer o mercado ilegal de peças. O outro é o grande número de acidentes de trânsito.
Por isso os donos de modelos com motores de até 200 cm³ costumam contratar seguros que cobrem apenas casos de roubo e furto e são, quase sempre, acompanhados de serviço de rastreamento. “O tamanho e o tipo de uso influenciam no valor do seguro. Mas não é só isso: tempo de habilitação e local de residência do condutor, por exemplo, interferem na aceitação e na precificação do plano”, afirma a diretora de marketing da corretora Bidu, Marcella Ewerton.
ALTERNATIVAS
Entre as empresas que oferecem esse serviço estão a Ituran e a Suhai. Ambas cobrem apenas casos de roubo e furto. Por isso, são pouco adequadas para quem utiliza a moto para trabalhar, como é o caso dos motofretistas, conhecidos popularmente como motoboys.
Para motos com motor de até 250 cm³, o Ituran com seguro não tem restrição de perfil. Se houver sinistro e a moto não for recuperada, a indenização será de até 90% do valor de mercado. A instalação do rastreador custa R$ 349 e o valor das mensalidades varia de R$ 99 a R$ 139.
Dos clientes que contratam seguros convencionais, a maioria tem motos com motor acima de 500 cm³. Em média, eles pagam prêmio equivalente a 10% do valor do modelo. Ou seja, quem tem uma moto avaliada em R$ 25 mil paga R$ 2.500 de seguro por ano – pode ser dividido em quatro vezes.
Modelos grandes, que rodam principalmente nos fins de semana e em estradas, pagam bem menos proporcionalmente. Para uma Harley-Davidson de R$ 100 mil, por exemplo, o seguro completo sai por cerca de R$ 5 mil. Isso equivale a 5% do valor de mercado da moto.