José Antonio Leme
Modelo de topo da Harley-Davidson no Brasil, a Electra Glide Ultra Limited não é grande só no nome. Montada em Manaus, tem tabela de R$ 74.900 no caso da versão avaliada, que comemora os 110 anos da marca norte-americana e tem número da edição limitada, cor e emblemas exclusivos.
Essa Harley impressiona antes mesmo de ser guiada. A ampla lista de itens de série inclui controlador de velocidade de cruzeiro, manoplas aquecidas em seis níveis, sistema de áudio com rádio e toca-CDs da Harman Kardon, suspensão traseira ajustável a ar, preparação para intercomunicador e freios a disco da italiana Brembo com sistema antitravamento e de desativação do cilindro traseiro em marcha lenta.
Criada para rodar na estrada, a Ultra tem motor V2 de 1.700 cm3 e não mostra predicados na cidade. São 413 quilos de peso, comprimento equivalente ao entre-eixos de carro médio e largura que não a permite transitar entre os veículos parados nas vias urbanas.
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TAPETE MÁGICO
No seu hábitat, contudo ela oferece conforto graças ao enorme assento com dois níveis, que inclui encosto para o garupa. Os pés de piloto e passageiro descansam sobre plataformas e os braços do condutor ficam bem relaxados.
Os punhos de comando trazem controles de rádio (lado esquerdo) e do controlador de velocidade de cruzeiro (lado direito) acoplados. Os botões de seta separadas – padrão nas Harley – são ruins de usar. No painel, os mostradores analógicos permitem boa visualização durante o dia, mas a iluminação laranja dificulta a leitura a noite.
O motorzão V2 se destaca pelo torque de 13,8 mkgf que surge a 3.800 rpm (a Harley não divulga a potência). Seu grande trunfo é a capacidade de resposta sem que para isso seja preciso reduzir marchas no câmbio de seis velocidades. Os freios a disco, duplos na dianteira e simples na traseira, garantem segurança. Em curvas, a moto tende a deitar mais do que o ideal.
