A Harley-Davidson é frequentemente associada a motos de estilo retrô, mas vem investindo em produtos que fujam desse estereótipo. O mais recente é a Breakout, que é montada em Manaus e parte de R$ 58.700.
O que mais chama atenção é o visual. O quadro longo, que lembra o de motos de arrancada, e com poucos cromados torna seu estilo “malvado” e jovial. Por isso a Breakout é uma forte candidata a sucessora da Night Rod como a preferida de clientes mais jovens. O painel, simples e fácil de ler, mescla instrumentos analógicos e digitais. Traz hodômetros total e parcial, mas não há indicação do nível de gasolina.
A novata faz parte da família Softail – todas as integrantes têm motor de 1.600 cm³ que gera 11,8 mkgf de torque (a marca norte-americana não divulga dados de potência). Esse V2 traz balancins especiais para reduzir as vibrações e tem comportamento suave. Aliado ao câmbio de seis marchas com curso longo e engates duros, promove acelerações progressivas e vigorosas.
A posição de pedaleiras, guidom e assento (que tem apoio para a lombar do piloto e não privilegia o garupa) exige manter braços e pernas esticados. Isso torna a condução cansativa após longos períodos.
Com curso reduzido, as suspensões não se dão bem com buracos e pisos irregulares. Os freios a disco (simples) na frente e atrás dão conta do recado. Por R$ 60.350, há a versão Hard Candy Custom. Ela tem pintura especial brilhante.
Preparada. Em 2014 a Harley trouxe uma série da Breakout feita pela divisão CVO. Limitada a 30 unidades, tinha tabela de R$ 98.700 e motor de 1.800 cm³.