Há tempos a Honda deixou de figurar na vanguarda quando o assunto é motocicleta esportiva. No contexto da crise, que atingiu o auge em 2009 na Europa, principal mercado para a marca japonesa, em vez de investir em novas gerações a opção foi fazer apenas reestilizações nas linhas de produtos.
Por isso, a “renovada” CBR 600 RR, que vem importada do Japão a partir de R$ 49.500, é a mais defasada opção com motor de 600 cm³ do mercado. Com visual sóbrio e feito para agradar à maioria, ela não esconde a idade do projeto.
A defasagem fica clara em detalhes como os punhos de comando, que têm acabamento “pobre”. Até os da NXR 160 Bros, com tabela de R$ 9.811, são mais modernos.
O painel de instrumentos tem velocímetro digital pequeno, de difícil leitura. Mas, se na aparência o modelo vai mal, a ergonomia é um ponto alto.
Como as pedaleiras têm bom recuo, a coluna do piloto não fica muito arqueada. Isso permite guiar por mais tempo sem cansar muito.
O motor de quatro cilindros é o menos potente da categoria: gera 120 cv. Para não perder competitividade diante das rivais, a Honda alterou seu gerenciamento eletrônico.
Com isso, a força é entregue cedo e de maneira mais vigorosa. Tanto que até requer uma certa dose de cuidado na hora de acelerar em saídas de curva.
O câmbio, de engates curtos e fáceis, tem seis marchas. As suspensões da marca Showa trabalham bem para manter a moto firme – especialmente a da dianteira, que é totalmente ajustável. Na traseira, a regulagem é de pré-carga.
Os freios, com discos duplos na frente, de 31 cm, e simples atrás (22 cm), atuam de forma progressiva. No Brasil, a CBR 600 RR é vendida apenas em versão sem ABS.