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Honda SH300i desafia Dafra Citycom
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Honda SH300i desafia Dafra Citycom

Comparativo de scooters coloca frente a frente o novo Honda com o veterano Dafra

20 de abr, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Honda SH300i desafia Dafra Citycom
SH300i (à esquerda) tem desenho clássico e cromados; Dafra se assemelha à maioria dos scooters

Os scooters vêm preenchendo as vias das grandes cidades tendo ao guidom um perfil de usuário em geral diferente do motociclista clássico. Nada de jaquetas de couro, botas ou macacões futuristas. Na passarela do trânsito, o traje do piloto do scooter costuma ser o terno.

Esse movimento, que ocorre há tempos na Europa, amadurece por aqui com a chegada de modelos maiores, que têm mais chance de atrair pessoas que até agora só usavam carro. A Honda apostou nisso com o certo refinamento exposto no novato SH300i, mas parece ter se empolgado um pouco na hora da conta. Apesar de ser melhor que o Citycom S 300i, a diferença de R$ 4.600 na tabela e o seguro mais alto não se justificam e contribuíram para dar a vitória ao Dafra neste duelo.

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À venda por R$ 23.590, o SH300i é um scooter diferente, que pode causar alguma estranheza e exigir adaptação na hora de guiar. Seu comportamento está mais para o de uma moto, por causa das rodas de 16 polegadas, curso de suspensão de 115 milímetros e os 80,5 centímetros de altura. Por outro lado, a posição de pilotagem desagrada por causa do guidom muito baixo, que não combina com o banco alto.

Além disso, o para-brisa grande, fruto de uma ideia ótima, na prática foi mal executado. Como fica demasiadamente próximo do rosto do piloto, acaba projetando reflexos que incomodam e distraem.

No Citycom, a posição de guiar é melhor, com o guidom alto em relação ao assento, deixando o piloto mais bem sentado e confortável. Já sua suspensão é menos confortável que a do modelo da Honda, embora o Dafra tenha rodas do mesmo tamanho das do rival. Isso porque seu curso é menor (91 milímetros), e o amortecedor tem ajuste mais firme. Como o para-brisa é curto, o rosto sofre com o vento, mas isso não chega a prejudicar a pilotagem.


Em movimento. Como tem motor mais forte (27,8 cv e 2,8 mkgf, ante 24,9 cv e 2,59 mkgf, respectivamente) que o do Honda, o scooter da Dafra prometia ótimo desempenho. O monocilíndrico de 278 cm3 o faz andar bem, mas o rival é mais leve: o novato pesa 171 quilos, ante os 162 quilos do veterano. Por isso, mesmo sendo mais “fraco”, o monocilíndrico de 279 cm3 não deixa o SH300i em desvantagem.

Rodando, aliás, a impressão é de que o Honda acelera mais forte que o Dafra. Mérito também do câmbio, que a exemplo do rival é automático CVT, mas tem melhor ajuste.

Em velocidades altas, o novato também é mais estável. O Dafra fica com a dianteira “solta” a partir dos 120 km/h.


No quesito freio, o SH300i leva grande vantagem, pois traz ABS de série. O Citycom traz apenas um sistema que combina o freio da frente e traseiro em um único manete.

Mais equipada. Fruto de um projeto um pouco mais moderno, o Honda SH300i tem alguns mimos interessantes, como chave com sensor de presença. Com ela no bolso, basta girar um seletor no console para ligar o scooter ou abrir o compartimento sob o assento. Nesse porta-trecos há tomada de 12V e um suporte para deixar o celular carregando, por exemplo. Há ainda um gancho para levar sacolas de compras ou uma bolsa.

No Dafra Citycom, tudo é um pouco mais básico. O painel é até completinho, porém simples, e não há nenhum outro equipamento além do para-brisa e do porta-objetos.


O acabamento é similar nos dois modelos. Mas o Honda parece ser um pouco mais refinado e tem alguns cromados que lembram os do sedã Accord.

Aqui conta mais o gosto de cada um, pois, no quesito qualidade, essa dupla utiliza peças de boa procedência – ao menos aparentemente.

Parafusos e fiação ficam bem escondidos e a sensação é de que os produtos são sólidos.



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