Feita em Manaus e vendida por R$ 99.990, a custom Chieftain (cacique, em português), da americana Indian, subverte a lógica de que o tradicional e o moderno não podem andar juntos. A moto, que chegou ao Brasil este ano, investe em alta tecnologia sem deixar de lado a herança visual da marca.
De série, a Chieftain traz freios ABS, controlador de velocidade de cruzeiro, partida sem chave, monitoramento de pressão dos pneus, sistema de som com rádio AM/FM, entrada USB e Bluetooth e travamento remoto das malas laterais, que, juntas, têm 65,1 litros.
Como em toda custom, chama a atenção o excesso de cromados. O acabamento é de qualidade e se destaca por trazer um visual limpo, ao esconder toda a fiação dos punhos de comando por dentro do guidom. O painel – com velocímetro e conta-giros analógico e uma tela digital com dados de consumo, temperatura, e hodômetros digital e parcial – tem boa visualização.
Há esmero nos detalhes, como o War Bonnet (índio símbolo da marca) iluminado no para-lama dianteiro, que, com o final alongado e curvado também é uma marca dos modelos Indian desde 1934.
Além da carenagem na frente, há o para-brisa com ajuste elétrico de altura, que desvia boa parte do vento. Isso torna a condução mais agradável e reduz a turbulência no capacete.
O motor é um bicilíndrico em V de 1.811 cm3, que gera 16,4 mkgf a 4.000 rpm (a marca não divulga a potência de suas motos), tem torque sempre disponível e não esquenta as pernas, ao contrário da maioria dos modelos que utilizam esse tipo de arquitetura.
O câmbio de seis marchas tem engates longos, mas precisos. O manete de embreagem é pesado e cansa a mão no anda e para do trânsito urbano.
Com chassi de alumínio fundido, mais rígido que um de aço soldado, a Chieftain se mostra bem estável e não fica oscilando em circuitos travados e curvas, apesar de o estilo da moto não ser o mais adequado para esse tipo de trajeto.
A posição de guiar é boa não causa fadiga nem em longos percursos. O porém são os pedais de freios e câmbio longos, exigindo que o piloto estique muito os pés para alcançá-los.
Os freios a disco têm bom poder para parar a pesadona Chieftain, que pesa 389 quilos.
PRÓS: MOTOR
O propulsor V2 se destaca por não esquentar as pernas mesmo no anda e para do trânsito intenso.
CONTRAS: PESO
Apesar da boa ciclística, que consegue reduzir o efeito, a Chieftain é pesada.
FICHA TÉCNICA
Preço: R$ 99.990
Motor: 1.811 cm³, V2, gasolina
Torque (mkgf): 16,4 a 4.000 rpm
Câmbio: Seis marchas
Peso: 389 quilos