Mesmo sem o amparo dos vidros e lataria do carro, o motociclista também tem meios de se proteger da violência. Com o aumento dos furtos e roubos de motos em São Paulo, a jaqueta com blindagem se tornou uma alternativa atraente.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, foram 49.374 roubos de veículos (carros, motos e caminhões) em 2014.

Produzida sobre coletes à prova de balas, a jaqueta considera dados sobre a abordagem dos bandidos na confecção. “Como a maioria das abordagens de roubo é pelos flancos, nós aumentamos as laterais em relação ao colete para dar mais proteção nessa área”, diz o diretor comercial da fabricante Tamtex, Fabio Silverio.

A empresa produz quatro modelos de jaquetas, adequadas a diferentes tipos de motocicletas – big trail, esportivas, uso misto e custom. O corte do tecido e as proteções de plástico para ombros e antebraços variam de acordo com o segmento da moto.

São fornecidos dois níveis de proteção de blindagem, 2A e 3A, que é o nível máximo permitido no País – confira mais detalhes na página 11.

Enquanto uma jaqueta convencional pesa cerca de 2,5 quilos, ao receber a blindagem, ela passa a ter em torno de 4 quilos, segundo Silverio.

“Apesar do peso extra, a vantagem desta jaqueta em relação ao colete à prova de bala é que se trata de tudo em uma única peça”, afirma. “O motociclista não precisa retirá-la em nenhuma ocasião.”

O valor do produto parte de R$ 1.850, mas pode chegar até a R$ 4.500, dependendo do nível de blindagem e da área. É possível blindar uma jaqueta ou macacão que o cliente já tenha, sendo ou não para andar de moto.

Regras para aquisição. A idade mímina é de 21 anos para adquirir a jaqueta, além disso é preciso apresentar registro de antecedentes criminais, comprovante de trabalho em atividade lícita, assinar uma declaração de responsabilidade, já que o colete é considerado um armamento. Por fim, quando conseguir o direito ao colete é preciso portar uma carteira equivalente ao porte de arma, sem ela ou outra pessoa utilizando a jaqueta é considerado crime inafiançável.