A Kawasaki aproveitou o Salão de Milão para sacramentar o retorno da mítica Bimota à vida. A empresa italiana conhecida por modelos feitos à mão e em baixa escala com materiais de qualidade e exclusividade, agora é parte do grupo Kawasaki. Os japoneses compraram 50,1% da companhia e se tornaram os controladores da marca.
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Além do anúncio, a “nova” companhia já apresentou também seu primeiro produto, a Tesi H2. A esportiva mistura o trem de força da esportiva H2 da Kawasaki ao conceito das motos Tesi. Ela já teve três gerações antes dessa. O motor japonês de 998 cm³ com quatro cilindros e supercharged foi calibrado para entregar ao menos 240 cv, A principal característica dos modelos Tesi é o tipo de acionamento do movimento da roda dianteira. Ele não é feito por um eixo na posição vertical, mas sim por dois braços na horizontal que “puxam” a roda para o lado que ela deve virar. É engenharia em estado de arte.
O visual abusa de inspiração própria, mas faz uso de soluções encontradas na H2. Itens como o duto central na carenagem frontal para receber o ar no motor e as asas nas laterais para aumentar a pressão aerodinâmica. Da herança da Bimota, uma série de peças usinadas que dão mais qualidade ao acabamento da moto. São itens de alta especificação. Entre elas, o amortecedor da suspensão traseira Ohlins com ajustes e peças de fibra de carbono.
Bimota tem público exclusivo
O grande motivo para a compra da Bimota por parte da Kawasaki é falta de penetração que a empresa. Apesar dos grandes conceitos em termos de tecnologia, a empresa tem público que busca motos com acabamento e uma imagem premium. Ter a sua tecnologia, em uma marca ligada a produção artesanal e reduzida a poucos sortudos era tudo que a empresa japonesa precisava.
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