
As vendas de motos em 2014 não vão nada bem, com queda no acumulado do ano de 14,9% em relação ao mesmo período de 2014. No entanto, a Abraciclo, associação que reúne os fabricantes brasileiros do setor, não está tão pessimista para 2016 e planeja um fim da queda.
A projeção é de apenas 10 mil vendas a mais, no total de 1,22 milhão de unidades – produção de 1,28 milhão -, mas já representa um quadro menos desanimador. “Não estamos muito otimistas, claro, mas achamos que essa crise política e econômica do Brasil vai ser aliviada e baseamos nossos números no segundo semestre. Resta agora torcer para ser assim”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
A região do Nordeste foi a que teve a menor queda de vendas, com 9,8%, enquanto a Sul teve a maior retração, com 18,6%. Parte desta culpa é apontada pela entidade na falta de crédito. Neste ano, em média, apenas duas fichas foram aprovadas a cada 10 tentativas, resultando em uma queda de 19% nas vendas neste tipo de modalidade em relação ao ano passado.
A exportações, no entanto, que poderiam ter subido com a alta do dólar também não mostram números expressivos. Apenas 66.179 unidades foram enviadas para fora do País até novembro, número 23% menor que o do ano passado.
Moto elétrica. Perguntada sobre incentivos para a produção de motos elétricas, a Abraciclo informou que essa não é a matriz energética principal do Brasil no momento e que não há ainda uma demandas das fabricantes associadas para discutir esse assunto.