Com uma linha de triciclos disponível no mercado brasileiro desde agosto de 2013, a Motocar criou um modelo adaptado para o uso por portadores de necessidades especiais. “A adaptação é feita por umas das várias empresas que executam esse tipo de serviço no Brasil, mas a ideia com esse modelo protótipo é mostrar que que a adaptação é possível e que o triciclo pode ser o acesso a inclusão parassocial”, declara o diretor comercial da Motocar, Carlos Venceslau Araújo.
Como a adaptação é sempre personalizada e feita de acordo com as necessidades de cada usuário, o modelo protótipo foi concebido para o atleta paraolímpico acriano José Maria, conhecido como Zé, que foi visto pelo diretor da Motocar utilizando um triciclo adaptado por ele mesmo, feito a partir de uma motocicleta.
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O modelo utilizado pelo halterofilista foi feito a partir do MTX 200, modelo destinado ao transporte de passageiros, concebido para ser utilizado como mototáxi.
O MTX 200 tem preço a partir de R$ 11.500. A adaptação, por ser personalizada, não tem custo previsto. Mas a realizada no modelo utilizado pelo atleta custou cerca de R$ 7 mil.
A habilitação exigida para o uso do triciclo, adaptado ou não, é a mesma pedida para a condução de motocicletas, segundo a empresa, embora a pilotagem seja um tanto diferente.
Os modelos de carga, utilizados por empresas, são vendidos com treinamento dedicado para a condução segura. O MCA 200, com caçamba aberta, tem preço sugerido de R$ 13.900 e o MCF (caçamba fechada) parte de R$ 14.900. A Motocar deve fechar 2014 com cerca de 1.200 unidades vendidas e tem previsão de aumentar para 2.500 em 2015.
O MTX 200 utiliza motor de fabricação própria da motorcar, com desenvolvimento baseado no de 150 cm³ da Honda. A velocidade é limitada em 70 km/h e além do piloto o veículo tem capacidade para dois passageiros e 25 kg carga.
O modelo adaptado para o halterofilista Zé conta com transmissão híbrida, usando eixo cardan e correntes nas pontas do diferencial. Por enquanto, é o único com marcha à ré, com alavanca reversora do diferencial e com trocas de marcha realizadas também por uma alavanca, com um segundo manete de embreagem adaptado. O freio traseiro também é acionado por alavanca.
Com carenagem de lâmina de metal, os triciclos dispensam, de acordo com a legislação vigente, o uso de capacete. O condutor e os passageiros, no entanto, são obrigados a utilizar cinto de segurança.
No Peru, onde os mototáxis não são permitidos e a frota desse tipo de transporte é totalmente feita por triciclos, circulam cerca de 800 mil veículos com essa configuração, segundo o executivo da Motocar. No Brasil, são cadastrados cerca de 2 milhões de condutores de mototáxi, número que não considera os que praticam esse serviço de maneira informal e ilegal
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