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Motos elétricas ainda são um sonho distante
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Motos elétricas ainda são um sonho distante

Projeto mais viável, a livewire da Harley-Davidson, deve chegar ao mercado apenas em 2017 e com custo alto

30 de set, 2015 · 5 minutos de leitura.

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 Motos elétricas ainda são um sonho distante
Livewire custaria hoje cerca de US$ 60 mil dólares para ser produzida, tornando-a inviável

Enquanto o mundo dos carros se moderniza e aponta no sentido de um caminho mais verde e sustentável, o das duas rodas se arrasta, com poucas iniciativas focadas na criação de produtos revolucionários em termos de redução de consumo de combustível e emissões de poluentes. Ironicamente, o projeto mais impactante até agora vem de uma marca de motos conhecida pelos motores grandalhões e tradicionais, a norte-americana Harley-Davidson.

A LiveWire, projeto de motocicleta elétrica da Harley, é o que mais se aproxima do futuro da mobilidade em duas rodas. O modelo, movido 100% a eletricidade, tem potência total de 55 kW – cerca de 74 cv – e desempenho bastante esportivo. Para ir de 0 a 100 km/h, precisa de apenas 3,8 segundos.

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Sem emitir nenhum tipo de poluente ao rodar, o modelo tem baterias que podem ser recarregadas em 3,5 horas em tomadas de 220 V. Esse tempo é muito menor que o necessário para reabastecer carros.

A versão conceitual da LiveWire está rodando o mundo para mostrar a nova tecnologia. O modelo que será feito em série só deve chegar às concessionárias no início de 2017.

A Harley trabalha para reduzir o preço de produção, que gira em torno de US$ 60 mil (mais de R$ 240 mil) por unidade. Outra meta é diminuir o peso das baterias, que somam 113,5 dos 208 quilos da moto. Aliás, esse é o principal desafio para a viabilidade das motos elétricas. Como as baterias são pesadas, afetam centro de gravidade e ciclística.


Fazer manobras com modelos muito pesados na parte de baixo ou de cima pode ser perigoso. E há a questão do superaquecimento. Se não forem resfriadas adequadamente, há risco de as baterias queimarem as pernas do piloto.

Modelos reais são restritos.Há alguns poucos modelos de motos elétricas à venda no mundo, mas quase todos com abrangência limitada de mercado. Nos EUA, por exemplo, um destaque é a Victory Empulse TT. A marca comprou a Brammo, que fazia a Empulse anteriormente, para poder usar seu moderno projeto.

A motocicleta tem motor de 40 kW, potência equivalente a 54 cv, e torque de 8,3 mkgf, entregues de modo instantâneo ao acelerar. Essa é uma das características dos motores elétricos, que têm giro constante.


Também no mercado norte-americano há a Zero, marca ainda menor, que tem modelos com motor de 40 kW. A autonomia, de até 243 quilômetros, é boa quando comparada ao padrão dos carros elétricos.

No Brasil, alguns modelos elétricos de scooters circulam por aí, a maioria trazida da China.Algumas dessas marcas “nanicas” pretendem montar, em breve, modelos movidos a eletricidade em Manaus.

A BMW, que oferece a linha elétrica C na Europa, não tem planos de atuar nesse nicho no País. O preço alto tiraria a competitividade desses modelos.


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