Aposta das áreas de engenharia das montadoras na busca da eficiência energética sem perda de desempenho, os motores de três cilindros ainda são novidade entre os carros. Ganharam evidência a partir do ano passado, com o lançamento do VW Up! e da nova geração do Ford Ka, entre outros.
No caso das motocicletas, essa configuração está consolidada faz tempo. “Os tricilíndricos têm menos peças móveis, o que permite reduzir o atrito interno, massa e tamanho dos motores, com melhor aproveitamento do espaço” afirma o gerente de pós-vendas da britânica Triumph, Claudio Peruche.
Reunindo o “melhor dos dois mundos”, os três-cilindros oferecem boa oferta de torque em baixas rotações, como nos motores de dois cilindros, sem abdicar da capacidade de atingir giros elevados. Isso se traduz em esportividade, como ocorre com os quatro-cilindros.
Outra característica desses motores é seu funcionamento linear. “Isso torna possível ajustar a curva de torque e potência com mais uniformidade e sem rispidez”, afirma Peruche. O lado negativo dessa arquitetura é o maior nível de vibração. Uma das soluções para reduzir esse “efeito colateral” e a adoção de eixo balanceador.
Há marcas que usam recursos para incrementar o comportamento do três-cilindros. A Yamaha lançou mão do virabrequim crossplane, que muda a ordem de explosão nos cilindros. O resultado é o torque mais “agressivo”. Nos italianos MV Agusta, os cilindros têm curso maior que o diâmetro, o que se traduz em comportamento mais esportivo sem abdicar da boa oferta de torque em baixas rotações.
Confira quais os modelos três cilindros à venda no País: