MARCELO FENERICH
A Kawasaki Ninja ZX 10R chega à linha 2011 mais cara (a tabela parte de R$ 59.990, ante os R$ 54.040 da anterior), mas ganhou atributos para surpreender quem já conhecia a esportiva. Entre eles, o motor de 998 cm³ ganhou 13 cv e agora gera 201 cv. Para melhorar a dirigibilidade, a fabricante reduziu em 10 quilos o peso da motocicleta – para 198 quilos – e centralizou sua massa no quadro.
Outra novidade é o controle de tração, item fundamental em um modelo com relação peso-potência de 0,98 kg/cv (como comparação, na Honda CBR 600 Hornet são 1,69 kg/cv). Antes que o pneu traseiro deslize, o sistema, que inclui sensores de aceleração, inclinação, velocidade do giro da roda e no câmbio, reduz a potência de forma gradativa.
O dispositivo também pode ser ajustado manualmente, mas só com a moto parada. A posição “1” é para pistas rápidas e secas. A “2” ideal no trânsito urbano e a “3”, em pavimento molhado.
Para que a potência não seja despejada de forma muito agressiva, essa Kawasaki conta com um sistema que controla a entrega de força à roda. No modo “Full”, toda a cavalaria fica à disposição em tempo integral. O “Middle” libera até 75% da potência, mas é possível passar desse limite – basta continuar torcendo o acelerador. O “Low” é o mais “tranquilo” e vai até 60%. Esse recurso pode ser manuseado com a esportiva em movimento.
Na prática
Na hora de arrancar, saber que a Ninja ZX 10R tem motor de quatro cilindros que produz 11,4 mkgf de torque e pesa menos de 200 quilos pode assustar os desavisados. Mas as alterações feitas em itens como guidão, assento e pedaleiras, que ficaram mais baixos, aliadas às inovações eletrônicas, garantem segurança e ótima dirigibilidade.
Em curvas fechadas, por exemplo, não é preciso fazer força para trazer a moto “de volta”, como ocorria com a versão anterior. Por ser mais estreita, ela ganhou agilidade em manobras.
A Kawasaki informa que as relações das três últimas das seis marchas foram reduzidas. Isso permitiu aumentar a velocidade final, que já não era pouca coisa.