A Ducati é reconhecida por ter “aquela pimenta” extra em qualquer de suas motos. Quando mostrou a primeira geração da Diavel, em 2011, a marca já fez um barulho e tanto por mostrar um modelo de conceito diferenciado, fora dos padrões da marca, mas ainda com uma tocada esportiva.
Ela caiu no gosto do público, se transformou em uma família com a chegada da XDiavel – mais custom – e agora chega a sua segunda geração. Entre as principais mudanças estão a adoção de um novo motor, o 1260 – o mesmo da Multistrada e mais eletrônica. Montada em Manaus, desembarca na versão única 1260S por R$ 94.900.
Da antiga geração poucas peças restaram: guidão, para-lama dianteiro, suporte de placa e a alça de apoio do garupa, que tem um método bem complicado de abrir ou fechar. É preciso tirar o banco com a chave e puxar uma alavanca para liberar a peça.
No visual, a Ducati manteve o padrão “moto bombada”, mas com mais refino. A aparência é de que a primeira geração era o rascunho, enquanto a nova Diavel é a arte finalizada. O aspecto muscular foi mantido, mas mais refinado, inclusive as entradas de ar na dianteira, nas laterais do tanque.
O banco usa revestimento de alcantara, para garantir mais grip que o couro convencional para quem pilota e também o garupa. O acabamento das peças plásticas é de qualidade e abusa também da genialidade do design italiano para dar toques de arte em detalhes como o botão de partida.
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Os comandos da Diavel estão localizados ao alcance das mãos e não é preciso muito para se entender e encontrar cada função da moto. É intuitivo. O maior senão do modelo é o painel de instrumentos. Apesar de ser funcional e completo com a tela de TFT colorido, sob o sol do Brasil por causa da inclinação fica impraticável enxergar as informações. Então uma pequena cobertura ou uma inclinação maior seria adequada para melhorar a visibilidade.
A Diavel 1260S, que é a versão de topo, traz itens que a versão de entrada (não oferecida no Brasil) não contempla. As suspensões dianteira e traseira são Ohlins 100% ajustáveis, as rodas são usinadas e as pinças de freio são da grife Brembo da série M50, a versão mais topo do freio.
Ela traz ainda, o quickshift Up and Down, que permite trocar as marchas sem acionar o manete de embreagem para subir e descer marchas, LEDs diurnos e interface para integração a smartphone. De série tem ainda chave presencial e luzes de LEDs no farol e lanterna.
Diavel: Motor novo e mais eletrônica
O novo motor da Diavel 1260 é um dois cilindros em L de 1.262 cm³. Ele entrega 162 cv a 9.500 rpm e 13,1 mkgf a 7.500 rpm. A grande inovação desse propulsor foi a adoção do sistema de abertura de válvulas variável da Ducati, o DVT.
O antigo comportamento, mais “cabeçudo”, onde a resposta ao acelerador era “8 ou 80”, sem um meio termo, foi mitigado. Agora é possível controlar a resposta linear do acelerador, entregando exatamente quando se deseja.
Mas o principal dessa mudança está na baixa velocidade, situação em esse comportamento agressivo sem rédeas do motor ficava mais latente. Agora, no uso urbano é possível trabalhar com linearidade, já que a resposta ficou equilibrada.
São três modos de condução: Urban, Touring e Sport, que alteram não só a entrega de potência, mas também os níveis de intervenção da eletrônica robusta: controle de tração, controle de wheeling (evita que a moto empine) e intervenção do ABS. Mais refinada, essa eletrônica também ajudou a deixar a Diavel mais “palatável” a diversos gostos.
A ciclística também melhorou. A posição de guiar continua confortável. O banco centralizado e baixo com o guidão levemente recuado casa com as pedaleiras posicionadas mais atrás, ao estilo de motos naked. O banco é largo para piloto e garupa.
Com seus 244 kg de ordem de marcha, a Diavel 1260S parece lenta e pesada, mas é o oposto. O modelo é fácil de fazer curvas, inclina como uma esportiva e faz mudanças de trajetória com rapidez. Comparando com a irmã, a XDiavel, que tem pedaleiras avançadas e guidão mais largo, a Diavel 1260S é uma opção melhor para viagens pela posição mais confortável.
PRÓS E CONTRAS – DUCATI DIAVEL 1260S
PRÓS – ELETRÔNICA
A eletrônica mais robusta ajudou a nova Diavel a ter uma resposta mais gradual em todas os modos de condução, sem matar a esportividade do modelo.
CONTRA – PAINEL
O painel colorido de TFT é bem completo e bem diagramado, mas a visualização das informações fica prejudicada porque a luz do sol bate e fica impossível de ler qualquer