O design da nova Honda CB 1000 R foi criado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da marca em Roma, na Itália, mas a naked foi pensada em parceria com a matriz japonesa e traz a facilidade de pilotagem típica da linha CB.
A CB 1000 R, agora em segunda geração, foi a primeira moto da marca a incorporar o conceito Neo Sports Cafe. Que, nas palavras do chefe de design da Honda na Europa, Valerio Aiello, “resgata o desenho clássico e a praticidade da linha CB, mas com a emoção italiana”. Para isso, a naked foi equipada com um motor de quatro cilindros, 998 cm³, arrefecimento líquido e comando duplo no cabeçote de 145 cv de potência máxima a 10.500 rpm.
A entrega de potência é linear e não assusta, mas a pitada de emoção fica por conta da eletrônica, que oferece quatro modos de pilotagem – standard, esporte, chuva e usuário –, que alteram a resposta do acelerador, o controle de tração e o nível do freio motor.
No modo “standard”, a CB 1000 R tem um comportamento pacato, com retomadas suaves nas três primeiras marchas do câmbio de seis velocidades. Ao mudar para o “esporte”, a resposta do acelerador fica mais agressiva e girar o acelerador com mais empolgação resulta até em empinadas “involuntárias” com menos intervenção do controle de tração. Ainda é possível ajustar os parâmetros ao gosto do piloto com o modo usuário. Já o modo “chuva” atenua a resposta do acelerador para garantir segurança no piso molhado.
Tudo é controlado por meio de comandos no punho esquerdo e informado no painel digital de fundo preto e fácil de visualizar. Conta-tiros, velocímetro, marcador de combustível e até um simples computador de bordo informa o consumo, que variou entre 18 e 16 km/litro conforme a tocada e as estradas sinuosas no sul da região italiana da Toscana.
Nova ciclística na 1000
A Honda adotou um conjunto ciclístico à altura da nova naked. O inédito quadro monotrave superior é feito em aço. As suspensões têm garfo telescópico invertido, na dianteira, e um monobraço de alumínio na traseira. O peso do conjunto não é dos mais leves: 212 kg em ordem de marcha. As suspensões vêm de fábrica com acerto voltado para o conforto, porém ambas são totalmente ajustáveis.
A posição de pilotagem é típica das nakeds, mas com um guidão mais largo. O que deixa a CB 1000 R ágil nas mudanças de direção e fácil de manobrar. O assento é confortável, mas a ausência de proteção aerodinâmica, como em toda moto naked, cansa um pouco após longas viagens. Os freios com sistema ABS contam com discos nas duas rodas, ajudados pelas pinças de fixação radial, na roda dianteira.
Com design atraente, a nova CB 1000 R chega como opção para quem procura uma naked potente e moderna. Mas fácil de domar graças aos controles eletrônicos. O sucesso do modelo Honda vai depender do posicionamento de preço, que deve ser superior aos R$ 50 mil. A Kawasaki já comercializa a Z 1000 (142 cv) por R$ 55.990, enquanto a Suzuki vende a GSX-S 1000 (150 cv) por R$ 50.536. Ambas têm motor de quatro cilindros e boa dose de eletrônica embarcada. O modelo de 1.000 cm³ só começa a ser vendido no Brasil no próximo ano e seu preço ainda não foi definido.
Ficha técnica
Motor
999,8 cm³, 4 cil., 16V, gasolina
Potência (cv)
145 a 10.500 rpm
Torque (mkgf)
10.6 a 8.250 rpm
Câmbio
6 marchas
Fonte: Honda
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