A Suzuki iniciou as vendas da nova geração da GSX-R1000. A superesportiva foi a atração da marca durante o Salão Duas Rodas, em novembro do ano passado. A “srad” chega às lojas em duas versões: a de entrada, GSX-R 1000, por R$ 68 mil, e a GSX-R1000 R, a R$ 78.400.
O modelo pode ser novo por aqui, mas não é novidade lá fora. Ela foi apresentada na Europa em 2016, durante o Salão de Milão, na Itália. O novo quadro e o subchassi são, juntos, cerca de 2,3 kg mais leve que o da geração anterior.
A esportiva tem motor quatro cilindros de 999,8 cm³ que rende 202 cv e 12 mkgf. Esses números chegam a 13.200 rpm e 10.800 rpm, respectivamente. A transmissão é de seis marchas. Além de entrar para a casa dos 200 cv, a grande novidade é o sistema de comando de válvulas variável.
Os dispositivos de comando variável adotam sistemas hidráulicos – por meio de soluções mecânicas, a pressão de óleo interfere no movimento dos ressaltos – ou eletroidráulica, no qual uma válvula acionada eletronicamente controla a pressão do lubrificante. No caso da Suzuki, o dispositivo foi criado para atender as regras da MotoGP, em que essas duas soluções são proibidas. O segredo é a utilização de forças mecânica e centrífuga.
Há 12 esferas na engrenagem do eixo de comando dentro de ranhuras, que são mais profundas na base e rasas no topo. Duas molas de pressão mantêm as esferas na base até a rotação do motor subir. A força centrífuga move as esferas para as pontas, vencendo a resistência das molas.
Quando isso ocorre, o centro de massa no comando é alterado, mudando o peso e atrasando os ressaltos. Assim, as válvulas de admissão ficam abertas por mais tempo. O resultado, segundo a Suzuki, é um aumento de potência de 5% (10 cv) em giros elevados, para 202 cv. Portanto, é possível supor que, sem o recurso, o motor de quatro cilindros e 999 cm³ da esportiva produza 192 cv.
Na prática, o sistema variável garante desempenho “forte” em altas rotações, sem comprometer a entrega e a retomada em giros baixos e médios. Esse equilíbrio é difícil de ser obtido em motos esportivas, mesmo com a adoção de tecnologias como injeção de combustível e acelerador eletrônicos, que mitigam a falta de fôlego em baixas e médias rotações.
Eletrônica
De série para a GSX-R1000 e a GSX-R1000 R, há controle de tração com dez níveis de ajuste, unidade de medição inercial (IMU) de seis eixos e três modos de condução, que alteram o modo de entrega o mapa de entrega dos 200 cv.
Na parte eletrônica, a versão R traz como exclusividades o controle de largada, o quick-shift para subir e descer marchas (sem a necessidade de acionar o manete) e o freio com ABS de curva (cornering ABS), que permite frear dentro da curva sem perder a trajetória. Para as duas versões, os discos e as pinças monobloco são Brembo
A GSX-R1000 tem suspensões Showa na frente e atrás com ajustes de compressão e pré-carga. A versão R traz componentes mais avançados, da linha BFF na dianteira e BFRC Lite na traseira. Além dos ajustes da versão de entrada, permitem a calibrar o retorno.
Faróis e seta são de LEDs nas duas versões. Outro item que diferencia a R são os LEDs diurnos que ficam posicionados sobre as entradas de ar na frente. O painel é todo digital e bastante completo e traz também shift-light. É uma luz que avisa para o melhor momento para a troca de marcha.
A versão de entrada estará disponível nas cores azul, que na verdade é uma réplica da pintura da Suzuki da MotoGP, preta e vermelha. A versão R na azul réplica e preta. O modelo já vem com a cobertura do banco do garupa para transformar a esportiva em monoposto.