A produção de motos em território nacional cresceu 5,6% em novembro em comparação com outubro. Ao todo, foram 83.106 veículos fabricados, contra 78.670 do mês anterior. Com relação a novembro do ano passado, que teve 70.320, o crescimento foi de 18,2% . Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
O desempenho da indústria neste final de ano ameniza o prejuízo ao longo de 2017. Isso porque, nas vendas acumuladas, o setor ainda apresenta um recuo de 4,8%. De janeiro a novembro de 2017, foram produzidas 813.868 motos. Já nos primeiros onze meses de 2016, a quantidade foi de 854.839.
De acordo com a Abraciclo, os últimos dados melhoraram as expectativas para 2018, com projeção de aumento de 5,1% no volume de produção. “Este cenário confirma que teremos pela frente um ano com resultados mais positivos e o início da retomada da indústria de motocicletas”, afirmou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
Atacado e varejo
As vendas realizadas apenas no atacado (para as concessionárias) tiveram alta de 5% na comparação com outubro (73.069, contra 69.620). O aumento foi de 23,4% com relação ao mesmo mês do ano passado (59.194). Nos onze meses de 2017, a queda foi de 7%. De janeiro a novembro deste ano, foram repassadas às lojas 746.039 unidades contra 802.127 em igual período de 2016.
Contudo, as vendas para o varejo não foram animadoras no mês. Foram 65.277 motocicletas emplacadas em novembro, uma queda de 4,3% ante as 68.236 de outubro. Com relação a novembro de 2016, que teve 69.122, o recuo foi de 5,6%. No acumulado dos onze meses, houve redução de 5,5%. Foram 773.576 licenciamentos em 2017 e 818.597 no ano passado.
Exportações
Já as exportações terminaram novembro com recuo de 1,1% em novembro na comparação com outubro. Foram 7.677 unidades contra 7.761 do mês anterior. Em contrapartida, na comparação com novembro de 2016 (3.957) a alta foi de 94%.
Neste caso, também houve crescimento no acumulado dos onze meses. Os embarques de motos para o exterior aumentaram 41,9% (74.682 neste ano, contra 52.620 em 2016. O país que mais recebeu os veículos foi a Argentina, destino de 65,4% do total. A Colômbia ficou em segundo, com 9,5% de participação.
Recorde em Scooters
Enquanto o setor comemora o início da retomada, o segmento de scooters bateu o recorde histórico de vendas em 2017. Com 53.284 unidades vendidas até novembro, a quantidade já superou 2014, até então o melhor ano, com 42.491 comercializadas.
A expectativa é que o segmento feche o ano com 58.600 unidades. Isto representaria uma alta de 57,1% na comparação com o ano passado (37.293).
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DAELIM
A marca sul-coreana Daelim já esteve no Brasil, mas não está mais e não parece ter forças para voltar, visto que os produtos vendidos aqui apresentavam pouca qualidade e muitos problemas, além da falta de peças, mas a montadora continua existindo forte por aí
MAHINDRA
A Mahinda já esteve no Brasil com sua divisão de carros, mas não vingou. A companhia indiana trabalha apenas com modelos de baixa cilindrada e fica atrás da Hero e da Bajaj no mercado de motos, mas nunca tentou chegar as nossas ruas
LIFAN
Uma das maiores fabricantes de carro da China, a Lifan começou sua vida automotiva como fabricante de motos. A marca era uma parceira da Honda na China e por muito tempo seus produtos eram baseados em gerações antigas de modelos da montadora japonesa. Além de motos, faz scooters e triciclos para cargas
HYOSUNG
Se você está olhando para essa moto e achando ela conhecida, é porque ela já foi vendida no Brasil pela marca Kasinski. O modelo faz parte do portfólio da sul-coreana Hyosung e tem versões de 125, 250 e 650, as duas últimas foram comercializadas aqui no País, nas versões carenadas e naked, como da imagem. Não há qualquer conversa para retorno da marca ao País
BAJAJ
Um dos grandes nomes da indústria indiana de motocicletas, a Bajaj trabalha apenas com motos de baixa cilindrada, até 300 cm³ e apoia seus modelos em um visual mais agressivo, como em motos esportivas de alta cilindrada, para transmitir esportividade
TVS
A TVS também é uma fabricante indiana de modelos de baixa cilindrada e parceira da BMW na fabricação da linha 310 na India e no desenvolvimento do modelo. Ela terá uma versão baseada na mesma moto, mas com concepção mais barata de acabamento e visual que a BMW. No Brasil ela nunca pisou oficialmente, mas uma geração anterior da TVS Apache (das fotos) foi vendida pela Dafra e a atual deve vir também
HERO
A Hero MotorCorp é a maior fabricante de motos da Índia e antiga parceira da Honda. A companhia é a maior da Índia e uma das maiores do mundo em produção de motocicletas. Seus produtos tem evoluídos e um deles, a Glamour, tem até Start-Stop.
KEEWAY
A Keeway é a marca de baixo custo do grupo chinês que também controla a Benelli. Eles chegaram a garantir a chegada ao Brasil, apresentar quais motos seriam vendidas por aqui, mas o negócio nunca virou. Nenhuma Keeway chegou a ser montada ou vendida em solo nacional, enquanto as Benelli passaram apenas por um período de menos de um ano nas ruas e com apenas uma concessionária aberta