
GUILHERME WALTENBERG
A Kasinski anunciou no início desta semana a construção de uma fábrica de veículos elétricos em Sapucaia, interior do Rio de Janeiro. A empresa promete fazer sete modelos, dos quais dois já podem ser encontrados no mercado: os scooters Prima 500 e Prima Electra 2000. Dois serão bicicletas elétricas e três deverão ser anunciados durante o Salão Duas Rodas, no início de outubro.
O Prima 500 tem tabela de R$ 2.506 e o Prima Electra 2000, de R$ 5.390. A potência do primeiro equivale a 0,68 cv, a velocidade máxima é de 35 km/h e autonomia, de 40km. No modelo mais potente, são 2,72 cv, com 60 km/h de velocidade máxima e 60 km de autonomia.
“Estamos avançando em outros segmentos e focando nos principais produtos do mercado, como motocicletas de uso urbano entre 125 e 150 cm3, CUBs e scooters maiores”, afirma o presidente da empresa, Cláudio Rosa Júnior.
Há outras opções no mercado, das marcas Motor Z e Traxx. A primeira oferece três modelos: SS 800, V1500 e S 1000, que custam entre R$ 3.995 e R$ 4.500. Por meio de comunicado, a empresa informou que “está trabalhando no estudo de soluções” e que terá novidades em breve.
Da Traxx, o Vico tem preço sugerido de R$ 4.267. O modelo, que é importado da China, está em fase experimental no Brasil. Segundo informações da empresa, a resposta do público vai determinar o tipo de modelo elétrico que será vendido no País. A reportagem procurou pelo modelo em três autorizadas, sem sucesso.
Missão árdua
A entrada desses modelos no Brasil esbarra na falta de infraestrutura e no desconhecimento do consumidor. “Também faltam pontos de recarga de baterias”, diz o presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), Pietro Erber.
Fatores como falta de potência dos motores e a autonomia reduzida também limitam seu uso no dia a dia.